terça-feira, 23 de setembro de 2014

arco-íris

O mundo é meu. O mundo é teu. O mundo é nosso. É tudo nosso!!!
Esse sorriso, esse olhar, esse céu azul e esse sol escaldante. É tudo nosso!!!
Pertencemos à mesma família, embora eu prefira suco de laranja e você... suco de limão?
Temos gostos tão parecidos, ideias tão distintas e sinceridade mútua... eu e você e o mundo ao nosso redor! Sabe essas pessoas aqui do lado? São iguaizinhas a nós, à mim e à você: porque elas também têm sonhos, frustrações, desejos, vontades e esse mesmo querer nosso de ser feliz, de completar, de nos libertar, de se emancipar...
"O mundo é teu até o final, pra sempre e em tempo real..."*
Tenho a impressão que passei a vida inteira para chegar até aqui só para te ver sorrir: o mundo é nosso, é tudo nosso!!! Estamos aqui para que, afinal? Para quem? para mim, para você ou por nós? Esse alimento que nos nutre, essa energia que nos une, esse mundo ao qual pertencemos... é por isso que estamos aqui!!! é para isso que estamos vivendo!!!
Então, não quero ter medo de abrir os olhos e ver a chuva cair... Não quero ter medo de pegar em sua mão e dizer: "vamos, estou aqui!" Não quero ter medo de sentir o cheiro de terra molhada e nem de caminhar ao seu lado. Não quero ter medo de comer para não engordar. Não quero ter medo de te abraçar. Como diria a canção: "não desista de quem desistiu, do amor que move tudo aqui, jogue bola, cante uma canção, aperte a minha mão..."*
Quero viver! Quero estar com você, por você, para você, com você! Sabe esse globo terrestre que nos abriga? Foi ele que uniu? Ele é nosso. É tudo nosso! Não tenha medo de sorrir, de dizer o que deve ser dito, nem medo de sentir o que eu também estou sentindo. O sentimento é nosso. É tudo nosso! Até esse sorriso singelo e iluminador que você tem, até ele, é nosso!
O mesmo sol que me aquece, é o mesmo que te ilumina. A mesma lua que brilha é a mesma que eu vi na trilha da tua vida... O mesmo alimento que te sacia é o mesmo que me embriaga e contagia. E neste momento já não reconheço mais o que é para saborear, o que é para ver, nem tampouco o que é para sentir. No final das contas, o que faz sentido para mim é só estar com você, fazer você perceber, que a gente também precisa viver!!!
Como diria a canção: "corre risco teu sorriso, corre atrás do prejuízo...final"
Não sei se o texto deveria ser cinza* ou se seria melhor contemplado com o amanhã colorido*
Só você para me dizer isso...

Mas olha aquilo: você viu o mesmo que eu vi?

Parece um arco-íris!!! ^^

sábado, 20 de setembro de 2014

Arrependimento ou enclausuramento

Esta noite, ouvindo Refrão de Bolero* pela  milésima vez, me vem à mente àquela tarde em que eu me despedi, há tanto tempo (uma década, já?) em que eu não me arrependi com o coração na mão e nem tampouco roendo as unhas*, naquele dia eu decidi seguir, e resolvi desistir. Sim, fui eu que falei sem pensar mas, há tempos me arrependo com o coração na mão como um refrão de bolero*
De lá para cá muita coisa mudou: eu parei de beber, eu não quis mais saber de fazer Direito, eu viajei praticamente pelo Brasil inteiro, fiz amizades, conclui um curso técnico, um curso superior, me apaixonei pela universidade e de todas as coisas e pessoas que fiz/conheci por causa da faculdade...
Só que um erro assim tão vulgar nos persegue a noite inteira* e mesmo depois de 10 anos, mesmo sem me embriagar com álcool, ainda volto a pensar naquele dia, no seu perdão, na minha rebeldia sem causa, do que ficou suspenso no ar, do que não voltou mais a perdurar. Mais que a você, eu que falei sem pensar* magoei a mim e ainda não esqueci. Nem poderia. Fui sincera como não se pode ser* mas durante todos estes anos morro um pouco por causa de como agi naquele dia...
Um crime sem perdão* embora você tenha me dito que tudo passou, que me perdoou, e que o importante é que tudo mudou. Devo concordar que a situação melhorou, mas em noites como esta em que a madrugada vira dia, o silêncio se transforma em tormento, litros de lágrimas invisíveis jorram incessantes sobre meu rosto, e o barulho parece mudo. Vejo o passado passando ao fundo, incessante, sem parar para uma trégua, passa o tempo todo na memória, e quando eu penso que já passou ele retorna, e me encontra aqui, dentro de mim, em pensamentos sem fim, desfazendo o meu mundo...
Então eu penso: e se eu pudesse voltar e mudar, o que eu faria? O que eu mudaria?
O meu ou o seu instinto? O meu olhar que sempre te engana, te encanta ou o seu olhar que sempre me espanta? Ou talvez seria aquele sorvete que derreteu antes de ser consumido, que foi jogado no lixo antes de ser ingerido? ainda não sei o que eu faria, se eu fosse eu, é bem provável que eu não me preocuparia...

É o fim do mundo este dia da semana!*
Você já não existe e eu ainda me arrependo de tudo o que eu fiz, Ana...

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

não dá para entender...

"Hey, mãe! Por mais que a gente cresça, há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender..."*

É... hoje eu estou com Terra de Gigantes na cabeça e a passagem supracitada faz todo o sentido para o que estou vivendo agora: a ironia é que eu não cresci, mas não é por isso que não entendo. Porque tem coisas que eu simplesmente me recuso a entender, e nem adianta tentar me convencer, me explicar detalhadamente com essa voz doce, ou ainda justificar com os melhores argumentos possíveis, porque -  definitivamente - eu não vou entender: 

Eles se conheceram há mais de 30 anos. Eu nem sonhava em nascer, nem nos meus melhores sonhos...
Tiveram um filho. Mas, ela foi embora, refez sua vida em outro estado, outra cidade e, ah! é claro, levou o guri, que sempre achou que o pai era o culpado de toda aquela situação, que nunca deu valor ao esforço do pai e tampouco reconheceu que pra ele chegar aonde chegou é porque também ele o ajudou... Depois de dois anos, outra mulher, outra criança, dessa vez uma menina, que num futuro não muito distante teria um filho e sentiria na pele o que o seu próprio pai passou...Mas nem assim adiantou para ela saber valorizá-lo. Mas, como eu sempre digo: cada um faz as escolhas que achar melhor, mas será eternamente responsável por elas!!! 
Ele já se apresentava desacreditado, ninguém poderia pensar que ele fosse se reerguer, que ele fosse reviver. Afinal, mais uma vez, ele estava investindo num relacionamento fadado ao fracasso. Duas vezes seguidas, melhor desistir de viver a dois, segue teu caminho sozinho - o pessoal dizia... Ainda bem, que ele seguiu o coração, senão eu não estaria aqui agora para contar essa história!!!
Então....no jardim quase desértico de seu coração a flor mais linda brotou: cheia de cor, perfumando tudo ao seu redor, enfim, era o amor!!! O verdadeiro amor floresceu, cresceu e frutificou: gerou dois frutos e uma vida inteira de cumplicidade, carinho, apoio, lealdade e mais, mais amor, muito mais...
Entretanto, durante todos estes anos ele pagou pensão, para muito além do que a lei assegura, ele cumpriu muito mais do que a obrigação mandava, mesmo longe, mesmo distante, ele sempre esteve presente. E eu me recordo de todos os finais de semana que ele precisou trabalhar para sustentar as três famílias praticamente sozinho. E hoje, dá para acreditar que com 62 anos de idade ele ainda continua praticamente sustentando aquela primeira pessoa que foi embora, que teve outo relacionamento, que refez sua vida e criou o filho deles como se ele não fizesse nada?! Pois é... É disso que estou falando! É disso que eu não consigo entender. Me explica, mãe! Por que o meu pai tem que sustentar a ex-esposa dele? Será o que o filho que eles tiveram, se estivesse no lugar do meu pai, faria a mesma coisa? A minha aposta é não!

Hey mãe... Nessa terra de gigantes eu me sinto tão pequeno*