terça-feira, 10 de dezembro de 2013
A aula não morre
A aula não morre, mesmo depois que termina, ela permanece...
em pedaços de papel, em fragmentos de memória, em olhares, em sorrisos, em cheiros e sabores.
Mas ela floresce, amanhece, amadurece!
A aula não morre, ela fica aqui do lado...
às vezes quieta, às vezes incerta, quase sempre intrépida, quase sempre alerta, inacabada.
Mas continua viva aqui dentro, viva em mim, viva de um jeito indeterminado!
A aula não morre, e mesmo que morra, ela reaparece...
ressurge das cinzas, em um dia nublado, a caminho de casa, ao se observar o movimento dos carros e as andanças das pessoas do outro lado.
A aula surge num momento de suspensão, em que a cor do céu, o caminho de casa e as pessoas andando ao redor estão todas emaranhadas, todas entrelaçadas, enraizadas, inseparadas e então a aula aparece, como uma prece, como quem carece de reflexão, de ação, de reação!
A aula vive, permanece aqui do lado e sempre reaparece...
Mesmo que se passem dias, meses, anos... (décadas?)
A aula viverá, se levantará e novamente se apresentará!
Só depende de nós para que ela permaneça viva, não apenas na nossa memória, mas para que ela continue diariamente nos ajudando a construir e a modificar a nossa história.
Se não for assim, melhor que ela morra!
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