segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

2013 foi embora...


2013 se foi e o primeiro mês do ano de 2014 já se findou também...
O tempo passou tão rápido que eu mal pude sentar para digitar essas palavras (elas estavam apenas em minha mente, mas quem poderia saber, além de mim?)
2013 se foi e com ele foi-se também meus medos, meus anseios, minhas angústias, minhas saudades que só fazem aumentar, me atormentar, me acariciar...

Tudo mudou, mas continuou do mesmo jeito: eu mudei e continuei sendo eu mesma (Clarice Lispector já falou sobre isso) ...

2013 foi o ano de mudar e continuar tudo igual. Pois é, como pode?

Eu saí de lá do meu plácido interior em direção ao litoral, à capital (de outro estado). Mudei de estado, mudei de casa, mudei a rota para a universidade e a rotina de estudos... mudei tanto, que pensei que iria ficar muda! Mas não mudei minha visão de mundo, não mudei de sonhos e princípios. Claro que o peso da idade me fez mudar muito, os anos passam e o amadurecimento começa a me assolar, me asseverar, me assegurar.

2013 foi o ano de me dedicar, de ler, de estudar e de duvidar.

Eu queria tanto o mestrado que em nenhum momento me questionei se eu daria conta, se valeria à pena, se eu iria suportar, se era isso mesmo que era para ser... Isso só foi acontecer depois de muito tempo... Quando eu parei para pensar: já estava com metade do caminho andado, agora é terminar a outra metade (odeio deixar as coisas pela metade, ou é tudo ou é nada, não sou adepta do meio termo - vestígios do radicalismo exacerbado de quando eu era adolescente).

2013 foi embora e eu nem conheço Vitória direito, continuo me sentindo uma estrangeira em meu próprio país. Sou passageira de algum trem, que não passa por aqui, que não passa de ilusão*

Descobri que antes de ser brasileira, sou nordestina e sou baiana. Passei 26 anos da minha vida acreditando no contrário (eu costumava falar: "Oxente, para que isso, guria, uai, tchê, visse" tudo na mesma frase  só para dizer que se eu sou brasileira e, por isso mesmo eu poderia sim usar expressões de diversas regiões do meu país). Mas me enganei! Quanto mais tempo eu fico no Espírito Santo, mais eu falo 'Oxe', mais eu deixo de lado as outras expressões... mais eu me sinto baiana (do interior, por favor!). E a vontade de voltar para minha terra, para meu cantinho, meu lar, só aumenta, só agoniza, só arrasta e atenua.

Quando 2013 começou eu desejei: "Que este ano passe bem rápido para que eu possa voltar logo". E o Senhor do tempo atendeu ao meu pedido. Agora eu quero que 2014 apenas seja um ano bom (meio complicado pedir isso num ano de Copa do Mundo e de Eleições). Mas, enfim, se eu acredito na mudança, porque o ano que já chega ao 2º mês não pode ser bom? No que depender de mim, 2014 continuará sendo um bom ano para se guardar na memória, com carinho e saudade ;)



2 comentários:

  1. Fiquei feliz com o convite de retornar aqui. Já tinha dito isto a mim mesmo a primeira vez que encontrei a página por acaso, xeretando no google uma canção de um dos 1's mais inteligentes que tive o prazer de saber que existe. 1berto. Hahaha!

    Devo admitir que a leitura aqui consegue fixar e ter a curiosidade do que segue nas linhas fronteira abaixo, um texto gostoso de se ler... Estranho, algo assim vindo de mim, que sou um odiador declarado da leitura, é nós mudamos e continuamos sendo os mesmos. Continuo odiando ler, mas gosto muito da forma como tu escreves.

    Quanto aos sotaques... Hahahaha! No Acre não tem sotaques, mas tu podes ver bem ao fundo uma mistura de algo que aprecias bem. (:~

    Desejo um 2014 de sucesso pra você. ^^

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  2. Oi Júnior, muito obrigada pelo seu comentário!!!

    É bom saber que você gostou do texto, na verdade só são algumas percepções que eu traduzo em palavras, que nem sempre são tão traduzíveis assim... mas enfim, agradeço de coração pela sua participação. Espero que continue lendo, é muito bom ler, eu sou uma apaixonada por livros...

    Esse ano o SBPC será no Acre, bacana isso: se eu for vou observar bem a cultura e as pessoas.

    Ótimo 2014 para você também!!!

    Abraços, Drika ;)

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