Entre os estudos de Inglês e Espanhol, leitura de livros e artigos científicos, planejamento de aulas e acompanhamento da atual conjuntura política do país, emerge das profundezas do livro que estou lendo a seguinte reflexão: "Tanto quanto o ar e os alimentos são imprescindíveis para a manutenção da vida em sentido biológico, os projetos o são para a existência de uma vida plena, em sentido humano. Continuamente, os projetos nos alimentam, nos impulsionam para a frente, nos mantêm vivos. As utopias constituem inspirações para projetos, contribuindo para uma articulação fecunda entre aspirações individuais e coletivas". (Nílson José machado - Cidadania e Educação - 2002).
Falar em projetos como o autor citado acima fez me provocou uma ânsia de amanhã, ânsia de mudança, ânsia de resgate daquela jovem que saiu do interior, viveu na capital e agora retorna ao interior pra tentar conseguir mais do que capital financeiro. Penso em tudo que me trouxe até aqui e quais são os projetos para o futuro? Me parece que mesmo com todas as dificuldades em torno da realidade cotidiana que alimentar o corpo é menos difícil que alimentar a alma. Então, escuto uma música que me toca o coração só pra tentar me reinventar enquanto humana utópica. Em essência é a utopia de um mundo melhor que me faz acordar com esperança e ter dificuldade em dormir porque ainda falta muita coisa para conquistar, melhorar, enfrentar...
E amanhã? Qual é o projeto que nos mobilizará? O que nos vai impulsionar?
estou acompanhando as notícias pela tv, pelas redes sociais e coloquei a música para repetir. A lição de inglês e espanhol eu já conclui. Mas e os projetos para o futuro, como eles ficaram? Como ficarão? Tenho que alinhavá-los, confeccioná-los. Mas eu não estou solta no mundo, não sou uma ilha deserta. Se você estiver comigo então os projetos podem se fortalecer. Mas eu, sozinha, só sei sobreviver.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
quinta-feira, 5 de maio de 2016
andarilha
...hoje é sobre mim:
nasci no interior da Bahia. Morei na capital do Espírito Santo e atualmente exerço minha profissão de volta ao interior (de Minas Gerais).
As madrugadas que outrora eram preenchidas de um sono profundo - quase como num conto de fadas - têm sido mais claras que os dias mais ensolarados do verão passado.
Leio um capítulo de um bom livro, mas não consigo me concentrar. Deito. Fecho os olhos. Me aqueço. Mas nada disso adianta.
A mente permanece ligada, eletrizada, incendiada de questões: estou cumprindo o meu papel? como posso ser melhor? é uma agonia que só!
Então vem à tona a vontade de voltar, de largar tudo, de me anular.
E em seguida a consciência de que é preciso seguir, de que se eu vim até aqui não adianta mais olhar pra trás, tenho que ir até o fim. Já cantou HG.
É... eu avisei que hoje eu iria falar de mim. Se quiser, pode ir. Não se preocupe: não vou guardar mágoa, nem sei mais se eu sinto a sua falta. Meu destino é andar. Odeio correntes e limitações. O céu é o limite?
Corre sangue baiano nessas veias, embora eu não goste de acarajé, nem de pimenta, nem de farinha, nem de axé, nem da capital do meu estado...
Passar quase três anos na capital capixaba me fez mudar mais do que eu poderia supor, o casco endureceu e amoleceu e ficou nesse efeito sanfona por um bom tempo. Mas as raízes permaneceram - ou será que algo escapou e eu não me dei conta?
E durante esses quatro meses em que estou no interior mineiro me vi do avesso com tanto aconchego. Por isso a vontade de melhorar, de superar obstáculos, de amparar... Como toda boa mãe faz. Mas que engraçado, eu não sou nada: não passo de uma professora que se questiona, que repensa sua prática docente, que ama a docência e então eu percebo que por mais que eu creia, isso não é sobre mim.
Não é por mim, no final das contas. É por eles. percorrer o mundo me faz ser melhor por eles, para eles e com eles.
Mas ainda tenho tanto que caminhar... a jornada é lenta e cada dia é um caminho diferente, embora eu pense que sempre irá voltar pro mesmo lugar.
Eu, e minha sina: ser uma andarilha, pequena abelha polinizadora de sonhos.
nasci no interior da Bahia. Morei na capital do Espírito Santo e atualmente exerço minha profissão de volta ao interior (de Minas Gerais).
As madrugadas que outrora eram preenchidas de um sono profundo - quase como num conto de fadas - têm sido mais claras que os dias mais ensolarados do verão passado.
Leio um capítulo de um bom livro, mas não consigo me concentrar. Deito. Fecho os olhos. Me aqueço. Mas nada disso adianta.
A mente permanece ligada, eletrizada, incendiada de questões: estou cumprindo o meu papel? como posso ser melhor? é uma agonia que só!
Então vem à tona a vontade de voltar, de largar tudo, de me anular.
E em seguida a consciência de que é preciso seguir, de que se eu vim até aqui não adianta mais olhar pra trás, tenho que ir até o fim. Já cantou HG.
É... eu avisei que hoje eu iria falar de mim. Se quiser, pode ir. Não se preocupe: não vou guardar mágoa, nem sei mais se eu sinto a sua falta. Meu destino é andar. Odeio correntes e limitações. O céu é o limite?
Corre sangue baiano nessas veias, embora eu não goste de acarajé, nem de pimenta, nem de farinha, nem de axé, nem da capital do meu estado...
Passar quase três anos na capital capixaba me fez mudar mais do que eu poderia supor, o casco endureceu e amoleceu e ficou nesse efeito sanfona por um bom tempo. Mas as raízes permaneceram - ou será que algo escapou e eu não me dei conta?
E durante esses quatro meses em que estou no interior mineiro me vi do avesso com tanto aconchego. Por isso a vontade de melhorar, de superar obstáculos, de amparar... Como toda boa mãe faz. Mas que engraçado, eu não sou nada: não passo de uma professora que se questiona, que repensa sua prática docente, que ama a docência e então eu percebo que por mais que eu creia, isso não é sobre mim.
Não é por mim, no final das contas. É por eles. percorrer o mundo me faz ser melhor por eles, para eles e com eles.
Mas ainda tenho tanto que caminhar... a jornada é lenta e cada dia é um caminho diferente, embora eu pense que sempre irá voltar pro mesmo lugar.
Eu, e minha sina: ser uma andarilha, pequena abelha polinizadora de sonhos.
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