Por todas estas janelas eu vejo a vida acontecer, e vejo o quanto posso fazer para que a vida seja um lugar melhor pra se viver. Diante de todas essas possibilidades de janelas, eu não preciso ter boa visão, nem sequer há necessidade de olhos. Para algumas destas janelas basta apenas que eu tenha sensibilidade, disponibilidade, afetividade... E muitas outras “atividades”.
Da janela eu vejo a rua onde ela caminha todo o dia...
Pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela, pela janela, quem é ela? quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado...
Da janela lateral, do quarto de dormir, vejo uma igreja, um sinal de glória, vejo um muro branco e um voo pássaro, vejo uma grade, um velho sinal...
Lágrimas e chuva molham o vidro da janela, mas ninguém me vê...
Da janela do avião eu vejo Porto Alegre, vejo o futuro em flash-back, meu pai, minha filha, nossa casa, da janela do avião eu vejo por acaso o nosso caminho, Moinhos de Vento, Glória, Independência, a nossa Redenção, vejo da janela do avião!
Que estas janelas estejam abertas o suficiente para que possamos perceber o quanto a vida é cheia de momentos marcantes e às vezes depende somente de nós que estas janelas nos permitam olhar o mundo com os olhos de crianças, cheias de esperança e fascinação diante do mistério da vida!