quinta-feira, 25 de março de 2010

justiça com as próprias mãos


Sou amante dos livros, dos sorrisos, dos esquisitos.
Admiro a natureza, contemplo o por do sol, mas fico fascinada com as tardes sombrias, cinzentas e nubladas.
Nem sempre admiro os homens. Quase nunca contemplo seu porte físico, mas sempre observo suas palavras e atitudes.
Tenho um bilhão de defeitos, mas ainda assim eu desejo a perfeição "como quem faz justiça com as próprias mãos".
Odeio fazer planos. Mas não consigo deixar o passado no seu devido lugar. Meu dia a dia muitas vezes se restringe às doces e amargas recordações do passado. Gostaria de saber como me livrar delas. Mas, de alguma forma, elas me fazem forte.
Não tenho nenhuma pretensão de escrever. Nem espero que me entendam, visto que nem eu mesma consegui essa façanha ainda.
Mas as palavras aparecem, quase que me obrigando a escrevê-las, surgem tão naturalmente como a nascente de um rio.
Ah, eu amo o rio. Sou apaixonada por lagos e cachoeiras. Embora também goste de contemplar o mar. Mas alguma coisa na imensidão das águas salgadas me traz uma sensação de perda, de tristeza, de muita incerteza.
A imensidão da noite me conforta. É a escuridão mais iluminada que já constatei. O silêncio das noites em claro me faz pensar nos livros, nos sorrisos, nos esquisitos. Me faz pensar na natureza e nos homens. Me faz analisar meus próprios defeitos e recordar meu passado. Então, o futuro chega pela manhã, deixando para trás a noite passada em claro e fazendo surgir um dia totalmente diferente dos demais, mas ainda assim, eu espero que a tarde seja nublada e cinzenta, pelo menos até a chegada do por do sol.
Mas, quer saber? que seja como tiver de ser. De fato eu estarei tentando entender, fazendo justiça com as próprias mãos.

2 comentários:

  1. Sempre desejamos fazer justiça com as próprias mãos. Na nossa condição de seres humanos falhos e sedentos por perfeição, é o mínimo que podemos fazer para reconfortar nossas almas.
    :)

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  2. É isso mesmo Dorinha...às vezes precisamos tomar certas posturas, ainda que não sejam politicamente corretas, é preciso fazer revolução, a começar por nós mesmos!^^

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