quinta-feira, 29 de novembro de 2012
eternamente...
Eu tive o privilégio de ter Mariluci como cunhada...
E não sei como utilizar as palavras para agradecer à Deus por este presente em minha vida!
Em cidades distantes, vivendo em Estados diferentes, e os quase 7 anos sem a presença física... nada disso foi suficiente para diminuir o carinho e a admiração que tenho por ela (pelo contrário)...e mesmo depois da separação, mesmo não possuindo mais a nomenclatura proporcionada pela relação supostamente familiar, ainda assim o sentimento que nutrimos vigorou, cresceu e se fortaleceu... vai além do que os conceitos podem definir e delimitar. Como ela me disse certa feita: "Uma vez cunhada, para sempre cunhada" não importa se de fato é ou não, para quê afinal essa determinação? Isso me encheu os olhos de lágrimas e o coração de conforto. Mais uma vez, agradeci à Deus por essa dádiva!
Relações são destruídas tão facilmente nos dias atuais que quando a gente encontra alguém que nos acolhe, nos compreende, nos envolve com sua atenção e apoio, daí então percebemos que não importa o que aconteça, nem o tempo nem a distância e nem tampouco as circunstâncias, a gente vai querer cultivar, cuidar, contemplar e continuar a manter o contato...e ainda bem que existem as redes sociais para nos manter sempre conectadas!
Hoje eu só tenho palavras para agradecer à Deus pela sua vida, pela oportunidade de fazer parte da sua história, por tivermos sido cunhadas e pela convicção de que continuaremos a ser...eternamente!
- E agora que você não é mais a esposa do meu irmão, como vai ficar nossa relação?
- Não se preocupe: uma vez cunhada, para sempre cunhada! ^^
Te amo, Lu!
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
À flor da pele!
Durmo e acordo pensando nesse dia...
Respiro ansiosa e angustiada a chegada desse momento.
Quando vejo as fotografias antigas, quando escuto as músicas que cultuava outrora, quando relembro de velhas e encorajadoras histórias...
Ando tão à flor da pele que meus cabelos caem aos montes, as unhas de todos os dedos quebram com imensa facilidade e as lágrimas brotam, abortam, borbulham...um barulho ensurdecedor que invade minha garganta, que por sua vez, grita, agride, agradece as gargalhadas que surgem inesperadamente, molhando de suor a palma de minhas mãos e o canto interno dos olhos...eriçando os pelos da minha pele por pura consequência, por pura eloquência!
Estou tão à flor da pele: qualquer imagem me persegue, qualquer coisa me bagunça, qualquer dor me invade, me persegue, me cala e me desampara, inclusive essa sobra de silêncio interior, essa falta de palavras de um ser superior, e essa inevitável e constante sensação de ser inferior...todo esse nada me atormenta, me mortifica, me mantém incrédula, inóspita, incapaz...de uma só vez!
Tão à flor da pele que a voz embaraça, os pés falham, os cabelos caem e as unhas quebram...de novo e novamente e mais uma vez... Então, não reconheço mais a imagem que vejo quando olho o espelho à minha frente. Só sinto, por fim, a pele arrepiada de medo, de pavor, de cansaço e dor...mas não arde, não há feridas abertas, nem sangramentos expostos, somente um latente pensamento de desconstrução própria à espera da chegada do dia e do momento em que a minha pele poderá enfim, florescer, amadurecer, envelhecer e então, fenecer!
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