terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você"


Escolher exige reflexão, percepção, intuição...
Fazer escolhas é complexo, estranho e saudável.
Ainda que mais tarde se note que a escolha não foi bem feita...
Mas e daí? a experiência vai mostrar que nada se perde, já dizia a lei de Lavoisier: "na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".
De fato, estamos todos em eterno aprendizado, já dizia Paulo Freire no livro Educação e Mudança: "o homem se sabe inacabado e por isso se educa".
Errar, talvez já seja algo inerente ao ser humano, ainda que na canção Múmias, cantada pela banda Biquini Cavadão nos diga: "errar não é humano, depende de quem erra, esperamos pela vida, vivendo só de guerra".
Então as escolhas nos levam para um caminho talvez previsível, talvez inimaginável...mas certamente para um caminho que nos traga experiência, nos traga consciência, nos proporcione grandes vivências.
Até pouco tempo eu deixava que a vida conduzisse minhas escolhas, como uma folha carregada pelo vento...que estaria satisfeita com qualquer lugar...
Ainda bem que aprendi a fazer escolhas, nem sempre as melhores, nem sempre as mais interessantes, nem sempe as mais aconselhadas. Mas eu aprendi a fazê-las, por minha conta, assumo toda culpa, mas são minhas, só minhas, com todo peso da responsabilidade sobre meus estreitos ombros finos.
Eu escolhi me dedicar, eu escolhi me comprometer, eu escolhi ampliar meus horizontes, eu escolhi sair do campo abstrato e caminhar pelos labirintos da vida real.
Eu escolhi assumir, escolhi merecer, escolhi agir...escolhi pensar bem, escolhi até fazer planos!
Agora estou convicta de que quando eu faço minhas escolhas reconheço que muito do que me tornei deve-se a estas escolhas, ou seja, minhas escolhas são exatamente o que eu sou, o que me tornei e o que eu pretendo ser no porvir!
^^

sábado, 28 de agosto de 2010

Temo...

O silêncio tem múltiplas faces: ora é tranquilizador, ora é ensurdecedor, não raro soa como um alarme, e em alguns momentos é impronunciável.
O silêncio costuma servir muito para evitar discussões, construir a paz, escutar com perfeição e ter uma boa noite de sono profundo.
Por outro lado, o silêncio pode ser pertubador, constrangedor, e pode causar muita dor... como aconteceu com o protagonista do filme "O Segredo de seus olhos", o qual levou 25 anos para quebrar a barreira do silêncio e falar o que sentia, quase o mesmo tempo em que o vilão ficou sem dizer uma palavra, já tinha quase desaprendido a falar...
Que irônico! como pode a mesma coisa causar sensações diferentes?
Não sei ao certo se Benjamín Espósito, o protagonista do filme, custou a dar um fim no silêncio porque a letra "A" da sua máquina de datilografia estava quebrada, ou porque lhe faltava coragem...oportunidades ele teve! Embora eu acredite que, na maioria das vezes um olhar, um sorriso, um carinho, um abraço, um quadro, um retrato, uma carta, um poema, um número, uma data... diz muito mais que palvras pronunciadas.
Eu Temo, porque a letra "A" da minha máquina cerebral está quebrada e não tem previsão de conserto...então eu Temo...em silêncio profundo, no silêncio da tarde que escurece, no silêncio do hospital ou no silêncio de uma praia deserta. Não sei por quanto tempo vou permanecer em silêncio...talvez aconteça comigo o que aconteceu com o vilão do filme...talvez passe tanto tempo, tanto que o silêncio me faça esquecer como pronunciar as palavras...
Portanto, acredite: "Temo"!
^^

sábado, 21 de agosto de 2010

O que faz as pessoas parecerem tão iguais?*

É só passar 123 minutos ouvindo Engenheiros do Hawaii para que as letras do Humberto Gessinger me deixe intrigada, exatamente como fiquei após a leitura do livro dele "Pra ser sincero 123 Variações sobre o mesmo tema", vejamos:
Eu que não fumo...
eu que parei de beber,
eu que não amo você...
Não vim até aqui pra desistir agora!
Encare a ilusão de sua ótica!
Por que ter de ser igual aos outros?
Qual é a razão deste disfarce no olhar?
Ser sincera como não se pode ser às vezes nunca faz bem...
Um par de olhos, um pôr do sol, às vezes faz a diferença!
Não se renda às evidências...Não se prenda à primeira impressão.
Ninguém=Ninguém...
Os homens são o que são e são todos iguais, o difícil é saber quem é clone de quem!
Eu quero seguir o caminho dessa infinita highway...
Seguir viagem, tirar os pés da terra firme...
Quero duvidar de tudo que é certo!
Mas não é pose, não é positivismo.
Não sei quando os olhos dizem sim e o olhar diz não...
Por isso quero viver na paz e na pressão!
Sou diferente de tudo que eu poderia imaginar...
Ela sabe muito bem o que quer!
Não quero ser igual a ninguém, não quero que ninguém seja meu clone...
Então, não me compare a ninguém... se for pra sempre, seja breve!
Eu que não passo um dia sem ouvir as canções do Gessinger não vou gastar meu tempo te comparando com ninguém. A não ser que tu me digas o que faz as pessoas para serem tão iguais...^^

domingo, 15 de agosto de 2010

Minha gratidão...

Sou grata ao tempo...

Sou grata à passagem do tempo.

As fotografias mostram a criança que ficou pra trás...

E a mulher que tarda a chegar, mas quando chega...

Sou grata ao tempo por me trazer a maturidade que eu não tinha aos 16 anos.

Sou grata ao tempo por perceber o que é prioridade e o que é supérfluo.

Os cadernos antigos me mostram a letra redonda que ficou pra trás...

Nos cadernos atuais, as letras estão cada vez mais finas, aprendi a escrever rápido, economizando espaço.

Sou grata porque o tempo é generoso comigo.

Sou grata porque o tempo passa depressa, obrigando minha mente a prestar bastante atenção no que faço e também no que não faço.

A cor do cabelo mudou, o grau dos óculos aumentou.

O tamanho do pé continua o mesmo, mas o tamanho dos sonhos cresceu significativamente.

O número de amigos diminuiu, e os copos de cerveja também.

Com o passar do tempo eu percebi que não importa o que eu faça, ou deixe de fazer, o passado vai sempre me fazer companhia nas horas vagas.

Com o passar do tempo eu percebi que nunca se está sozinha se um livro estiver ao meu lado.

Percebi que é difícil a passagem de menina para mulher.

Por isso sou grata ao tempo, aprendi quando me comportar como criança e aonde me comportar como adulta.

Sou grata ao tempo porque as futilidades passam despercebidas aos meus olhos.

Sou grata ao tempo porque aprendi a valorizar mais os sentimentos saudáveis e distingui-los das obsessões.

Sou grata ao tempo porque não importa o que aconteça de uma coisa eu tenho certeza: tudo vai me fazer adquirir mais experiência e essa é a única que eu vou levar comigo pra sempre!



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Larissa Souza


Ela é um anjo

Com características indígenas...

Ela é um doce

Cujo nome é suspiros...

Sua beleza é contagiante...

A alegria também...

E a racionalidade.

Ela é inteligente

E curte axé...

É dedicada, é carinhosa, e é brava.

Ela cuida dos cabelos com a mesma devoção com que cuida dos pêlos do animal de estimação.

O namorado dela é o cara mais sortudo do mundo!

E a recíproca é bastante verdadeira.

É impressionante sua capacidade de amar...de amá-lo!

E eles formam o casal que tem tudo a ver, mesmo ela sendo de touro e ele de câncer...

Mas ambos torcem pro mesmo time de futebol.

Eles são tão felizes juntos...

E brincam...e se divertem...e estão sempre lado a lado...

Na saúde, na doença, na alegria e na tristeza...

E ainda nem casaram,rsrs.

Ela é divertida, é compreensiva, e decidida.

O irmão dela, nem precisa comentar.

As amigas dela são todas lindas...

A beleza dela é realmente contagiante.

Ela é uma índia...uma curumim.

Deus a criou com todo o cuidado do mundo.

E me deu de presente a irmã dos meus sonhos!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Às vezes eu penso que tenho problemas...


Com oito anos de idade ele presenciou esta cena: seu pai estrangulando a sua mãe;

Outro caçava passarinho. Era o jantar da sua família, a única refeição do dia. Ele estava tão cansado de se alimentar dos restos que seu pai encontrava no lixão. Por vezes, carne de urubu era a refeição mais deleitosa que tinha.

Aos 13 anos de idade ela cobrava cinco reais por programa. Certa vez chegou a atender seis caras simultaneamente.

O pai de outro estava agredindo a mulher e, como se não fosse suficiente o sofrimento dela, seu próprio filho pedia para que o pai continuasse a espancá-la ainda mais, alegando que ela merecia. Será?

O pai dele tinha abandonado a família. Sua mãe era prostituta e o pequenino se envolveu com o tráfico de drogas, porém gastou todo o dinheiro que conseguiu comprando doces.

Ela contou que sua casa era divertida, pois quando chovia a água atingia a sua cintura. Ela disse que morava perto, afinal eram apenas 1 hora e meia de caminhada.

Todos eles têm algo em comum: freqüentam as aulas para que sejam garantidas pelo menos duas boas refeições por dia. O suficiente para amenizar tanta dor.Que importa o conteúdo a ser aprendido? Eles não têm mais nada a perder. Para eles, o real problema é estar com o estômago vazio. O resto... É só resto!

Relatos verídicos coletados durante uma conversa casual na Biblioteca da Universidade. Às vezes, quase sempre, não raro, aprendemos muito mais com a experiência fidedigna que com os próprios livros. Aliás, desconheço livros didáticos que nos ensinem a lidar com tais situações.Quem souber, por favor, me ajude, porque os problemas que estou acostumada a enfrentar não passam nem perto desses...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

No ponto de ônibus...


Enquanto o ônibus não vem, os carros passam...
As pessoas transitam, ora acompanhadas, ora solitárias.
Eu espero.
A mente não.
Os olhos se fixam na árvore logo em frente, mas a memória transcende o tempo, o espaço, a distância e a espera.
Luzes escassas.
Imaginação transborda.
Aperto no peito...
Desejo de chegar logo em casa, guardar as lembranças e voltar à rotina.
Vento frio.
Cabeça quente.
Olhos úmidos.
Espírito ausente.
Corpo encolhido.
Nada sorridente...
A hora passa depressa,
mas o ônibus não chega, enquanto isso a mente vaga na infinidade de lembranças, de expectativas, de vibrações positivas.
Os farois acesos indicam o caminho da luz, embora a noite esteja sombria e fria.
O barulho dos motores não me incomoda.
A única coisa que me pertuba são as lembranças...
e a espera do ônibus que custa a passar.
by Adrielle Lopes em 02/08/2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Poesia é sentimento...


Sou fascinada por poesia.
Mas nem sempre soube transformar sentimentos em poemas.
Num dia desses, num desses encontros casuais, ou melhor, num desses encontros virtuais fiquei encantada com esse poema, escrito por uma pessoa que sabe exatamente como transformar sentimentos em poesia...coisa que admiro muito, justamente por não conseguir tamanha proesa!

O silêncio nos serviu
Nada precisava ser dito.
Pois no labirinto dos teus olhos
Compreendi o que palavras não explicariam.
Teus gestos de carinho
tornaram-se símbolos que nenhuma imagem conseguiria representar.
Últimos instantes, um olhar para trás
todo um filme a ser revisto, relembrado, revivido.
Uma lágrima contida.
Toda força leonina
demonstrada na sensibilidade que emana de ti.
Não precisamos falar o que nossos olhos tão bem diziam.
O prazer de nos conhecermos, nos descobrimos
redefinir conceitos
agradecermos por nós, juntos
momentos únicos
tão bem vividos
tão bem guardados em nossas memórias.
Pra ser sincero,123 variações sobre o mesmo tema
não dariam conta de descrever o tema, nós.
Mas representa muito bem os dias que vivi contigo.
Aí no avião, dentro do meu quarto
a memória une o que a cada minuto vai se distanciando.
Eu, você, nós.
saudade iniciada desde em que nos conhecemos.
Saudade que me fica em um livro
e que te acompanha em palavras e ao som dos instrumentos
perceptível a ti, que tão bem sabe ouvir.
(Thiago Calisto)