E estará aí: um eu, um você, um alguém, um outro ali, aquém, além... e então, nossas vidas são construídas e reconstruídas, formadas e reformuladas... nunca ninguém é sozinho, embora cada um tenha sua indivudualdiade, sua peculiaridade, mas, não somos bolhas independentes que voam ao acaso... eu só sou eu, porque tive e tenho muitos eles, elas, você...vós. Não é confusão da gramática. É só refletir um pedacinho e tudo fica compreensível. O que quero dizer é que minha vida não é só minha... são nossas! e tudo está entrelaçado como um emaranhado da teia de uma aranha...ou do ninho de um passarinho. Depende de qual o seu ponto de vita, qual o seu referencial teórico. Uma coisa eu te asseguro: sozinha, só sou eu...mas mesmo assim, tenho influência tua, dele, delas, daquele... Lembro-me agora da Zibia Gasparetto: quando eu tinha 14 anos, era apaixonada pelos livros dela...e embora hoje eu seja fascinada pela Clarice Lispector, quando escrevo, vejo linhas influenciadas pela leitura que fiz há tanto tempo da Gasparetto. E então eu me convenço que nossas vidas estão sempre se aglomerando, se aglutinando, se aconchegando...daí, eu prefiro lembrar de umas canções em que o Humberto Gessinger dizia:
"Um ciclone atravessou as nossas vidas, de repente tudo fora do lugar, hoje eu sei só a mudança é permanente, de repente tudo está no seu lugar".
"Não posso entender o que fizeram com nossas vidas..."
No fim, no fundo...o que ficam são os nós, que eu, você, eles...precisamos desatar!
^^
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