sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
anciã
Olhando as marcas e expressões na pele do meu avô eu noto como eu envelheci...
Parece haver uma troca de papeis e quem era neta passa a ser avó: ele tão cheio de desejos e esperanças e eu tão cheia de vazios e conformismos...
Envelhecer antes de completar 30 anos me parece irreal, insensato... surreal!
Mas, não só de acordo com o resultado do teste de idade mental que fiz em qualquer site sobre o tema me mostra o quão anciã eu sou. Eu insito em procurar rugas no reflexo do espelho e não me canso de procurar fios de cabelo branco em minha cabeleira. Procuro, amiúde a flacidez da minha pele e percebo que há algo de errado nisso tudo: quando eu lembro dos meus 17 anos de idade parece que aconteceu há tanto tempo que nem parece que ainda falta um ano para que se complete uma década...
Eu ouço aquelas velhas músicas, olho para aquelas velhas fotografias e, por mais que eu tente não sinto aquelas velhas emoções. Descobri que envelheci por causa desse tipo de sensação e de uma voz aqui dentro que ruge: "Você não é mais aquela jovenzinha rebelde sem causa que queria mudar o mundo". O mundo eu não mudei, nem poderia.
Mudei apenas o que estava ao meu alcance: eu mesma!
E por mais que a aparência não evidencie ou camufle, há uma anciã em mim, e eu ainda tenho tanto o que viver, que olhando as mãos do meu avô eu me pergunto: "Quem sabe um dia eu consigo ser tão jovem como ele ainda é?".
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
A aula não morre
A aula não morre, mesmo depois que termina, ela permanece...
em pedaços de papel, em fragmentos de memória, em olhares, em sorrisos, em cheiros e sabores.
Mas ela floresce, amanhece, amadurece!
A aula não morre, ela fica aqui do lado...
às vezes quieta, às vezes incerta, quase sempre intrépida, quase sempre alerta, inacabada.
Mas continua viva aqui dentro, viva em mim, viva de um jeito indeterminado!
A aula não morre, e mesmo que morra, ela reaparece...
ressurge das cinzas, em um dia nublado, a caminho de casa, ao se observar o movimento dos carros e as andanças das pessoas do outro lado.
A aula surge num momento de suspensão, em que a cor do céu, o caminho de casa e as pessoas andando ao redor estão todas emaranhadas, todas entrelaçadas, enraizadas, inseparadas e então a aula aparece, como uma prece, como quem carece de reflexão, de ação, de reação!
A aula vive, permanece aqui do lado e sempre reaparece...
Mesmo que se passem dias, meses, anos... (décadas?)
A aula viverá, se levantará e novamente se apresentará!
Só depende de nós para que ela permaneça viva, não apenas na nossa memória, mas para que ela continue diariamente nos ajudando a construir e a modificar a nossa história.
Se não for assim, melhor que ela morra!
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
insônia = escrever poesia ^^
Passei a tarde de sábado me embriagando com a poesia de Ferreira Gullar, e quando fui dormir, meus olhos se recusavam a fechar: só conseguiam enxergar os poemas dele, a sutileza, a leveza, a beleza daquelas letras e então, fiquei (ins)pirada. Claro que nada do que eu fiz, faço ou farei chegará ou chegaria aos pés do poeta mor, mas fluiu, de alguma maneira, pariu! E aqui estão os frutos, os herdeiros, os resultados (catastróficos), mas meus! Com minhas digitais e irracionalidades, com minhas percepções e incredulidades, com minhas limitações e infantilidades, mas ainda assim, meus poemas:
É o cúmulo!
Mas, afinal de contas, o que é viver?
Eu vivo acumulando lembranças, livros, discos, letras, sorrisos...
Mas acumular é viver - ou melhor - viver é acumular?
fotografias, imagens, números, lágrimas...
Acumulo tudo o que vejo pela frente: sabor, odor, música, cor...
Mas não sei bem se isso é viver.
Até que um dia encontrei você! E acumulei uma vontade enorme de viver!
Isso é o cúmulo do acúmulo!
Ponto final?
Eu não te conheço
nem me (re)conheço,
aquele início de história
se transformou nesta fúria.
Digo que tenho medo de te perder
mas o medo mesmo é de desaparecer
da sua lembrança, da sua memória,
de não fazer mais parte do seu agora.
O que eu sinto falta em você
não está abundante em mim,
contradição de esmorecer.
Como posso querer ter
o que não sei ser?
Prolonguei o ponto final,
adiei o máximo possível
que chegasse o momento fatal
mas tudo na vida termina,
morre como tem de ser:
irremediável!
Ponto de interrogação.
Não venha me dizer o que eu tenho que fazer,
nem o que eu preciso saber.
Eu me recuso a entender!
Prefiro sair daqui, me perder...
Não venha para cá me avisar que está tudo bem,
antes do seu aviso, tenho uma advertência a fazer:
a realidade corrói tudo o que passa por aqui, muito aquém
do que sonhamos um dia para viver...
Demorei tempo demais para agir, esperei o desgaste da nossa história
Não há mais o que corrigir, minha única dúvida agora
é saber se ela vai se extinguir ou permanecer em sua memória?
Reticências...
Enquanto eu estou aqui,
o que você faz aí?
Quando eu penso em você,
será que pensas em mim?
Quando o sol se põe,
e a chuva cai,
o que você fez quando eu me fui?
se eu for, você vai?
tenho tantas coisas para te dizer:
Foi um prazer te conhecer!
Foi bom estar com você!
o resto, a caneta não me deixou escrever...
Não foi falta de tempo
- nem de vontade
-nem de coragem
talvez tenha sido apenas o desgaste natural
que me deixou perder você...
Três pontos interligados
Madrugada adentro
e eu aqui dentro.
Música tocando
e eu escrevendo.
Você no seu canto
e eu não canto...
Frases feitas, (ditas e malditas)
palavras soltas (escritas e abolidas)
linhas estreitas (e entrelinhas)
ideias loucas (e enlouquecidas)
Nada faz sentido (só o que estou sentindo)
E você, será que já está dormindo?
Já que estou me embriagando de silêncio, venha tomar uma dose comigo!
Passar a madrugada ouvindo música, sem precisar dizer nada...
Acho que já devo estar sonhando, você tão longe...
e eu aqui te chamando.
(madrugada do dia 24/11/2013)
Adrielle Lopes de Souza ^^
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Passado... que não passa!
Eis-me aqui de novo, final de tarde, final de semana, (quase) final de mês, final de ano...
Continuo falando do passado que me vem à memória trazendo consigo um peso insustentável, uma aflição inenarrável, um pensamento incontrolável e um fato imperdoável...
Você vai me dizer que passou, que o passado não volta e que quem vive de passado é museu.
Mas, eu te digo, com o coração na mão como um refrão de bolero* que o que sou hoje é resultado do que vivi no passado. Então, não me peça para esquecê-lo, não me peça para apagá-lo, nem tampouco ignorá-lo. Costumo dizer que tudo o que sou são os livros que eu li, as músicas que ouvi e as pessoas que conheci. E entre esses fatores tão importantes em minha vida estão todos inter e intra relacionados. Portanto, a literatura me conduzirá ao passado, as canções me levarão para tempos remotos, do mesmo modo que as pessoas que mesmo distantes, mesmo ausentes, mesmo levadas à diante me farão olhar para trás.
Me dou conta que 10 anos se passaram e se eu pudesse apagar tantos erros que cometi no passado faria sem receios. Se eu pudesse voltar essa década, faria tudo totalmente diferente, eu mudaria tudo, inclusive não mudaria a opinião que tenho sobre mudanças. Afinal, elas sempre existirão, sempre existiram...
Me vejo tão presa ao passado, tão acorrentada a este não mais estado de latência, de vivência, de experiência... Estou imensamente ligada e conectada ao meu passado de tal forma que quando fecho os olhos, em questão de segundos, a imagem que me vem na memória são resquícios do que eu deixei para trás, que volta e meia me aparece, me adormece, me enlouquece...
A função principal do passado deveria ser simplesmente passar... mas não passa, fica aqui do lado, na frente, olhando junto com a gente para o futuro, relembrando o caminho que se deve seguir para não repetir o passado...
Porque passado não se corrige, não se apaga, não se deleta, nem se esquece, ele faz parte, está em toda parte, nunca parte...
Humberto Gessinger, acreditei tanto na sua canção quando dizia "Se tudo passa, talvez você passe por aqui". Mas ninguém passa, nem o passado passa!
Mário Quintana disse que "o passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente".
E talvez isso justifique a minha insistência em falar do passado, em lembrar e recordar e imaginar que se eu tivesse o poder de apagar, de corrigir, de voltar... Mas como não posso, só me resta transformar toda essa agonia em letras, em palavras, em frases soltas, desconexas e sem sentido, afinal nada vai mudar, a única coisa que eu posso fazer é o que faço agora: ter consciência de tudo o que eu fiz para não deixar se repetir...
Ah! Mas se eu tivesse a oportunidade de viver de novo... faria tudo certo dessa vez... e terminaria com essa minha embriaguez!
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
insônia = relembrar músicas ^^
Esta noite eu não consegui dormir, mas não foi por falta de sono...
Foi por causa dos excessos: de imagens, sons, sabores, sentimentos e sensações que foram surgindo, emergindo, submergindo dentro do meu subconsciente...
Resolvi, então ouvir música para tentar espalhar esses elementos para fora de mim... geralmente faço uma leitura, assisto televisão, mas nesta noite, em especial, pensei em ouvir músicas não para me vencer do meu próprio cansaço, mas, para que dessa vez eu me desse conta de que, às vezes, quando não se vence o inimigo, a alternativa que nos resta é nos unir a ele...
E assim começou:
"Tô aprendendo a viver sem você - Detonautas";
*Ah! Tô aprendendo a viver sem você, ah! tô aprendendo e não quero aprender...*
"Thank you for loving me - Jon Bon Jovi";
*Thank you for loving me, for being my eyes...*
"Chão que ela pisa - CPM22";
*Mais um dia ruim, andando só pelas ruas...*
"Someday - Nickelback"
*Nothing's wrong, just as long as you know that someday I will...*
Foi proposital: ouvindo essas músicas senti saudade de um passado que eu não vivi, de tudo aquilo que eu não quis, e senti falta de todo aquele passado que, enfim, eu não soube dar um fim...
Ps: madrugada do dia 17/11/2013
Quando o passado voltou rasgando e impedindo a noite de sono...
Foi por causa dos excessos: de imagens, sons, sabores, sentimentos e sensações que foram surgindo, emergindo, submergindo dentro do meu subconsciente...
Resolvi, então ouvir música para tentar espalhar esses elementos para fora de mim... geralmente faço uma leitura, assisto televisão, mas nesta noite, em especial, pensei em ouvir músicas não para me vencer do meu próprio cansaço, mas, para que dessa vez eu me desse conta de que, às vezes, quando não se vence o inimigo, a alternativa que nos resta é nos unir a ele...
E assim começou:
"Tô aprendendo a viver sem você - Detonautas";
"Thank you for loving me - Jon Bon Jovi";
"Chão que ela pisa - CPM22";
"Someday - Nickelback"
Foi proposital: ouvindo essas músicas senti saudade de um passado que eu não vivi, de tudo aquilo que eu não quis, e senti falta de todo aquele passado que, enfim, eu não soube dar um fim...
Ps: madrugada do dia 17/11/2013
Quando o passado voltou rasgando e impedindo a noite de sono...
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Viver é um Absurdo!
*Nada nos protege de uma vida sem sentido*
O despertador me acorda às 6h da manhã e de repente, quando eu olho o relógio fixado no meu braço, os ponteiros já marcam 6h, só que agora da tarde... O dia passou tão rápido que eu nem me dei conta da mudança dos raios solares, da direção do vento e das pessoas que estavam ao meu redor...
O despertador me acorda às 6h da manhã e de repente, quando eu olho o relógio fixado no meu braço, os ponteiros já marcam 6h, só que agora da tarde... O dia passou tão rápido que eu nem me dei conta da mudança dos raios solares, da direção do vento e das pessoas que estavam ao meu redor...
De repente o final do ano chegou e a semana nem terminou!
E eu aqui com meus livros, cds, canetas e pensamentos que vagam, que me levam ao passado, enquanto isso, o presente passa despercebido aos meus olhos...
Parece que está tudo confuso por aqui... Me sinto uma estranha em meu próprio corpo. Uma estrangeira em meu próprio país. Este não é o meu lugar, não me reconheço neste espaço... E em min tudo está ao contrário, ao avesso, controverso (muito prazer, me chamam de otário)! O que outrora era otimismo e confiança, agora é desespero e abandono. E uma vontade absurda de mandar tudo para o espaço!
*Mas o quase tudo quase sempre é quase nada*
E ouvindo 'Muros e Grades' sinto Humberto Gessinger mais que cantando, sinto-o ao mesmo tempo conversando comigo e me encontro na letra da canção, na melodia, no timbre de voz e até nas entrelinhas...
Viver assim é mesmo um absurdo como outro qualquer: como acordar de manhã e só se dar conta disso no final da tarde... Como esperar por tudo isso e não se sentir completa... Como morar em outro estado e se sentir em outro país (quase outro planeta).
*Levamos uma vida que não nos leva a nada*
terça-feira, 15 de outubro de 2013
boas influências
É amor. É admiração. É carinho. É inspiração.
Parece amor de pai e de mãe, mas é diferente...
Semelhante a admiração que se tem aos ídolos da música, da literatura, da arte em geral. Só que não!
É quase igual ao carinho que temos aos nossos amigos. Às vezes é igual mesmo!
Como num filme, num livro, numa música: eles são fonte de inspiração!!!
Tudo o que consegui ser, fazer, viver foi direcionada pela sabedoria dos meus mestres...
E a eles serei eternamente grata por todo apoio, conselhos e direção!
Meus professores são os verdadeiros responsáveis por eu ser como sou: a começar pelos meus pais, que foram meus primeiros professores, depois os professores da escola, dos cursinhos pré-vestibular, da Emarc e finalmente, os da universidade. Todos eles foram decisivos para que eu me tornasse professora!
E um dia, eu quero ser a referência para meus alunos, exatamente como são até hoje, os meus professores. Esse sentimento, que eu não sei ao certo como definir, nem tampouco como explicar ou traduzir em palavras, eu espero sempre nutrir, conservar e sentir, de modo que os professores que fizeram parte da minha vida, sempre saibam o quanto foram importantes para meu amadurecimento intelectual e para que eu pudesse ampliar minha formação profissional.
Aos mestres, muito obrigada, muita saudade e muito sucesso!!!
Minha fonte de amor, admiração, carinho e inspiração ;)
Parece amor de pai e de mãe, mas é diferente...
Semelhante a admiração que se tem aos ídolos da música, da literatura, da arte em geral. Só que não!
É quase igual ao carinho que temos aos nossos amigos. Às vezes é igual mesmo!
Como num filme, num livro, numa música: eles são fonte de inspiração!!!
Tudo o que consegui ser, fazer, viver foi direcionada pela sabedoria dos meus mestres...
E a eles serei eternamente grata por todo apoio, conselhos e direção!
Meus professores são os verdadeiros responsáveis por eu ser como sou: a começar pelos meus pais, que foram meus primeiros professores, depois os professores da escola, dos cursinhos pré-vestibular, da Emarc e finalmente, os da universidade. Todos eles foram decisivos para que eu me tornasse professora!
E um dia, eu quero ser a referência para meus alunos, exatamente como são até hoje, os meus professores. Esse sentimento, que eu não sei ao certo como definir, nem tampouco como explicar ou traduzir em palavras, eu espero sempre nutrir, conservar e sentir, de modo que os professores que fizeram parte da minha vida, sempre saibam o quanto foram importantes para meu amadurecimento intelectual e para que eu pudesse ampliar minha formação profissional.
Aos mestres, muito obrigada, muita saudade e muito sucesso!!!
Minha fonte de amor, admiração, carinho e inspiração ;)
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
fé nenhuma*
Como pode existir alguém tão contraditório no mundo quanto eu mesma?
"(...) Eu sou uma contradição e foge da minha mão fazer com que tudo o que eu digo faça alguma sentido (...)"
Eu que no último post defendi veementemente a minha fé na humanidade...
Fé em que?
???
Humanidade? É isso mesmo!
Essa mesma em que as pessoas são facilmente corrompidas...
É dessa humanidade que estou falando!
Dessa, na qual o rei soberano é o dinheiro...
Na qual o ser humano é não passa de um mero coadjuvante, isso se ele chegar a ser coadjuvante, porque na maioria das vezes é só um inexpressivo figurante, tão desnecessário quanto indesejável... Por quem se deve anular, aniquilar e passar por cima para que haja menos empecilhos pelo caminho =[
Já cantou Agagê nos anos 80/90:
"Não acredito no teu jeito revolucionário";
"Não acredito no futuro do Brasil"
"Não levo fé nenhuma em nada"
Hoje estou assim: cética no ser humano, e não venha me dizer que isso é passageiro porque todos os dias quando eu saio de casa, eu penso:
"Tomara que não me atropelem, que eu não seja assaltada, estuprada, violada, sequestrada, morta"...
E quando eu retorno pra casa, eu penso:
"Ufa! Mais um dia se passou, tomara que o acaso (a quem eu costumo chamar de Deus - ou Deusa) continue me protegendo, porque amanhã será outro dia de medo, de pavor, de tentar a sorte"...
Nesses momentos eu tenho convicção de que sou completamente misantropa!
E, decididamente, não levo fé nenhuma na humanidade...
Adoraria que hoje todos os seres humanos se transformassem em bichos!
Ps: o cachorro tem mais características humanas que muita gente por aí... e é por isso que eu adoraria ser transformada num deles, mesmo que eu ame os felinos!
Ps2: Só que não: a fé na humanidade é o motor que me mantém viva, se eu perder essa fé, não vale a pena viver!
^^
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
fé na humanidade
Contra toda expectativa, contra qualquer previsão*
Eu sei que as notícias não são boas...
Sei que as chances estão contra nós e nós estamos por aí a fim de sobreviver*
Eu vejo nos jornais as coisas terríveis que estão acontecendo e as religiões me falam sobre as destruições do apocalipse...
Mas eu sinto que não!
E me desculpem os experts no assunto, vão me chamar de irracional, de romântica, de ingênua, de maluca! Mas, sim eu tenho fé na humanidade! Nada está perdido, há muita coisa por fazer!
Não venha me dizer que já está cansado, que não vai adiantar, que está prestes a desistir, que vai jogar tudo pro ar, vai chutar o pau da barraca, que vai se matar, que está desiludido e que sempre foi assim e assim sempre será... Não! Olha aí para o lado, olha para cima, olha para o teu passado e olha o teu agora, olha para tuas mãos, sinta o vento batendo no teu rosto, o sol ainda está brilhando e a primavera começou! Esquece os noticiários da televisão, eles pensam que sabem de tudo, mas eles só pensam no lucro e é mais fácil vender o que choca, o que aterroriza, o que entristece, eles querem amedrontar o mundo para vender mais. Mas, quem são eles, quem eles pensam que são?*
Segue firme, força na luta que ainda tem tanta coisa para fazer, já cantava Raul Seixas "Tenha fé em Deus tenha fé na vida" faz careta, desliga a TV, vai correr! E se nada disso resolver, não se preocupe, tem tanta gente precisando de você, de um sorriso teu, uma ajuda, um carinho, um abraço... Só por isso já vale a pena viver! Imagine só a imensidão de coisas que há para fazer!
Então, vamos procurar, melhor viver. Não perca a fé na humanidade, pois somos todos irmãos, de sangue ou não! Que importa? A humanidade só existe porque eu, você e todas as pessoas deste planeta vivem!
Que saibamos viver e jamais perder a fé!
Amar e mudar as coisas me interessa mais*
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
mudanças sempre existirão!*
Estive pensando em amanhã, em ontem de manhã, nos anos que se passaram, nas entrelinhas de minha memória...
Em meio a um texto e outro, um livro e outro, uma música e outra, me surgem imagens de outrora que se fundem com o agora...
No meio de todo este cotidiano, imbricado em minhas veias, encontro tantas lembranças perdidas nas esquinas do meu pensamento...
Mudar é preciso, viver não é preciso!
Eu mudo de cidade, de estado, de sabor, mudo a rotina ao meu redor, eu fico muda com toda esta dor!
Porque tudo muda!!!
Já me disse Agagê: "Não fui eu, nem foi você, nem foi a máquina de escrever que matou a poesia"
Mudanças... sempre existiram!
Sempre existirão!!!
E enquanto isso, vou vivendo aqui, ali, acolá, no mais tardar, do lado de cá, em direção para as bandas de lá... De repente já nem sei se isso é vida, afinal, viver nem é preciso! Mudar é preciso!!!
E o que eu mais precisava agora era voltar para os tempos de outrora, sentir aquela aurora, ver a tua auréola e não mais ir embora...
Mas tudo mudou e as mudanças é o que nos regem, é o que nos seguem é o que, enfim, nos apetece!
Em meio a um texto e outro, um livro e outro, uma música e outra, me surgem imagens de outrora que se fundem com o agora...
No meio de todo este cotidiano, imbricado em minhas veias, encontro tantas lembranças perdidas nas esquinas do meu pensamento...
Mudar é preciso, viver não é preciso!
Eu mudo de cidade, de estado, de sabor, mudo a rotina ao meu redor, eu fico muda com toda esta dor!
Porque tudo muda!!!
Já me disse Agagê: "Não fui eu, nem foi você, nem foi a máquina de escrever que matou a poesia"
Mudanças... sempre existiram!
Sempre existirão!!!
E enquanto isso, vou vivendo aqui, ali, acolá, no mais tardar, do lado de cá, em direção para as bandas de lá... De repente já nem sei se isso é vida, afinal, viver nem é preciso! Mudar é preciso!!!
E o que eu mais precisava agora era voltar para os tempos de outrora, sentir aquela aurora, ver a tua auréola e não mais ir embora...
Mas tudo mudou e as mudanças é o que nos regem, é o que nos seguem é o que, enfim, nos apetece!
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
O tempo passou..
O tempo passou, claro que passaria, como passam as vontades que voltam no outro dia*
E passou tão depressa!
Estive analisando algumas coisas que eu produzi e eis que me deparo, depois de cinco anos, com o blog no qual eu escrevia semanalmente sobre o vestibular e seus desmembramentos, está tudo registrado lá:
http://vestibular.brasilescola.com/vestiblogando/
Passei horas relendo/relembrando os textos que eu escrevi durante todas as sagradas segundas-feiras a partir do 2º semestre do ano de 2008, justamente quando finalmente ingressei na universidade.
Hoje, revendo aqueles escritos, eu penso: "Como pode tanta coisa mudar em apenas 5 anos?"
Se eu fosse escrever os mesmos textos hoje, certamente eles teriam uma dose extra de reflexões mais subjetivas, mais introspectivas e, provavelmente, uma pitada açucarada de sarcasmos, afinal o vestibular é só uma mera etapa a ser cumprida, nem menos, nem mais importante que qualquer outro elemento de nossas vidas.
Não sei por que passei tanto tempo me dedicando obstinadamente para passar no vestibular de Direito (em especial). Qualquer curso que eu tivesse escolhido (Letras, Pedagogia, Medicina Veterinária, Psicologia, Biologia...) eu teria sido uma boa aluna e, consequentemente, uma boa profissional como fui - e me tornei - no curso de Educação Física.
No fundo, eu só queria mesmo era ingressar numa universidade pública e assim, ampliar meu capital intelectual.
É, o tempo passou, afinal, tudo passa e se tudo passa, talvez você passe por aqui e me faça esquecer tudo que eu fiz/li/escrevi*
Não, não se engane, isso não é arrependimento...
É amadurecimento!
^^
E passou tão depressa!
Estive analisando algumas coisas que eu produzi e eis que me deparo, depois de cinco anos, com o blog no qual eu escrevia semanalmente sobre o vestibular e seus desmembramentos, está tudo registrado lá:
http://vestibular.brasilescola.com/vestiblogando/
Passei horas relendo/relembrando os textos que eu escrevi durante todas as sagradas segundas-feiras a partir do 2º semestre do ano de 2008, justamente quando finalmente ingressei na universidade.
Hoje, revendo aqueles escritos, eu penso: "Como pode tanta coisa mudar em apenas 5 anos?"
Se eu fosse escrever os mesmos textos hoje, certamente eles teriam uma dose extra de reflexões mais subjetivas, mais introspectivas e, provavelmente, uma pitada açucarada de sarcasmos, afinal o vestibular é só uma mera etapa a ser cumprida, nem menos, nem mais importante que qualquer outro elemento de nossas vidas.
No fundo, eu só queria mesmo era ingressar numa universidade pública e assim, ampliar meu capital intelectual.
É, o tempo passou, afinal, tudo passa e se tudo passa, talvez você passe por aqui e me faça esquecer tudo que eu fiz/li/escrevi*
Não, não se engane, isso não é arrependimento...
É amadurecimento!
^^
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Lembranças!
Palavras apenas...
Palavras pequenas...
Palavras ao vento!!!
Só me sobraram as recordações de um tempo que passou, que se foi, mas ficou!
Só levo comigo essas lembranças, em pedaços de papel escritos à lápis e fotografias...
São apenas lembranças ignoradas, intoleradas, imaculadas, que continuam a me seguir por onde quer que eu vá, independentemente do lugar onde eu esteja...
São somente imagens que surgem do nada, de uma hora para outra, inesperadamente, aparecem exatamente no momento em que fecho os olhos e, em seguida, em meus sonhos, ali estão elas: minhas lembranças, tão pequenas, tão singelas, tão adormecidas, de vez em quando tão esquecidas e no momento seguinte tão aquecidas, avassaladoras, presentes, incessantes... são lembranças assim, tão parecidas com você!
De tudo que se passou, do tempo que decorreu, de tudo o que aconteceu e de todas as outras coisas que se findaram antes mesmo de começar, que se encerraram antes mesmo de se iniciar, a lembrança que mais costumo carregar é a imagem do seu olhar, o seu sorriso, sua cara de sono, seu jeito de falar, e o timbre da sua voz "que fica me dizendo coisas tão malucas e que quase me mata de rir..." e até a canção se transformou em fragmentos de memórias de um passado que não volta mais, de um tempo que já faz tanto tempo que passou... mas que faz parte das minhas recordações, porque no meio de todas aquelas coisas que aconteceram e todas as outras que aconteceriam se ainda vivêssemos no passado, todas essas lembranças eu levo e lavarei sempre comigo, em meu coração, em minha memória, e em minha essência!
E você faz parte dessas memórias que se transformaram em pequenas palavras... O sentimento se condensou nessas palavras, tão pequenas, tão apenas... tão levadas ao vento!!!
E você faz parte dessas memórias que se transformaram em pequenas palavras... O sentimento se condensou nessas palavras, tão pequenas, tão apenas... tão levadas ao vento!!!
ali, logo ali...
Enfim, aqui estou!
O tempo passou (claro que passaria), se tudo passa, talvez você passe por aqui, já dizia Agagê!
Me sinto mais perto dos 30 e isso não me irrita, não me chateia, não me angustia, nem me preocupa. Pra ser sincera até me deixa um pouco mais tranquila, mais madura... Indecisa? Confusa? Perdida?
Não... Não mais!!!
Está tudo bem agora: estou lendo o que eu quero sem que ninguém me diga o que eu devo ou não ler, sem que ninguém estabeleça o que é importante ou não eu ter que saber; estou apaixonada por tudo que faz meu coração bater mais forte, e isso envolve livros, pessoas, filmes, comidas... A propósito, estou aproveitando tanto que fico comendo toda hora, sem me preocupar com os quilos extras - eles vão começar a desaparecer a partir da próxima semana mesmo...
É bom estar de férias para poder rever as pessoas que fizeram (e fazem) parte da minha história e, aproveitar para rever as coisas que guardei: são tantas bobagens sem valor comercial nenhum, mas que me enchem os olhos de lágrimas e o coração de saudade: são minhas memórias, tão bem guardadas como aquelas cartas, aquelas fotografias, aquele ursinho de pelúcia que você me deu, aquele anel de coco, e aquela foto 3x4 que vou guardar sempre com muito carinho na carteira, que você me deu...
Então, estive pensando nessa experiência que é viver: fazer aniversário dá nisso!
Viver, para mim é mais que essa pressão de ter que ter, de ter que ser e todos os demais trocadilhos com esses dois verbos (ter e ser). Na minha opinião, eles limitam muito o que é realmente viver...
Para mim, viver é isso: olhar para trás e dizer "Valeu a pena"; olhar para o presente e dizer "Que bom chegar até aqui" e olhar para o futuro e dizer: "Me espera que eu vou chegar com fome"!
Nessa caminhada pela vida eu aproveito a estrada, (enquanto ainda não vem a curva) para ouvir mais uma música do Humberto Gessinger, ler mais um livro do Nicholas Sparks, assistir mais um filme de comédia nacional e comer a comida deliciosa preparada por mamãe, bem do jeito que eu gosto: com direito a abraços e carinho em família, coisas que só o lar é capaz de nos dar! Isso para mim é que é viver!
E o futuro está bem ali, logo ali... depois da curva!
O tempo passou (claro que passaria), se tudo passa, talvez você passe por aqui, já dizia Agagê!
Me sinto mais perto dos 30 e isso não me irrita, não me chateia, não me angustia, nem me preocupa. Pra ser sincera até me deixa um pouco mais tranquila, mais madura... Indecisa? Confusa? Perdida?
Não... Não mais!!!
Está tudo bem agora: estou lendo o que eu quero sem que ninguém me diga o que eu devo ou não ler, sem que ninguém estabeleça o que é importante ou não eu ter que saber; estou apaixonada por tudo que faz meu coração bater mais forte, e isso envolve livros, pessoas, filmes, comidas... A propósito, estou aproveitando tanto que fico comendo toda hora, sem me preocupar com os quilos extras - eles vão começar a desaparecer a partir da próxima semana mesmo...
É bom estar de férias para poder rever as pessoas que fizeram (e fazem) parte da minha história e, aproveitar para rever as coisas que guardei: são tantas bobagens sem valor comercial nenhum, mas que me enchem os olhos de lágrimas e o coração de saudade: são minhas memórias, tão bem guardadas como aquelas cartas, aquelas fotografias, aquele ursinho de pelúcia que você me deu, aquele anel de coco, e aquela foto 3x4 que vou guardar sempre com muito carinho na carteira, que você me deu...
Então, estive pensando nessa experiência que é viver: fazer aniversário dá nisso!
Viver, para mim é mais que essa pressão de ter que ter, de ter que ser e todos os demais trocadilhos com esses dois verbos (ter e ser). Na minha opinião, eles limitam muito o que é realmente viver...
Para mim, viver é isso: olhar para trás e dizer "Valeu a pena"; olhar para o presente e dizer "Que bom chegar até aqui" e olhar para o futuro e dizer: "Me espera que eu vou chegar com fome"!
Nessa caminhada pela vida eu aproveito a estrada, (enquanto ainda não vem a curva) para ouvir mais uma música do Humberto Gessinger, ler mais um livro do Nicholas Sparks, assistir mais um filme de comédia nacional e comer a comida deliciosa preparada por mamãe, bem do jeito que eu gosto: com direito a abraços e carinho em família, coisas que só o lar é capaz de nos dar! Isso para mim é que é viver!
E o futuro está bem ali, logo ali... depois da curva!
sábado, 25 de maio de 2013
pior seria se assim não fosse!
2 meses de mestrado...
4 disciplinas;
5 livros por semana;
3 artigos por semana;
1 dissertação;
1 trabalho entregue;
1 prova...
4 kg a menos...
E eu, o que faço com estes números?
Perdi as contas de quantas anotações eu fiz durante esses dois primeiros meses, quantos textos eu li e os outros que pretendi escrever...
Perdi as contas de quantas vezes deixei de existir, para me prostrar diante dos livros, e ainda bem que sempre me dediquei à leitura, senão seria muito mais complicado.
Mas eu já sabia que seria assim, e já que nunca fui boa em cálculos, eu quero mais é perder de vista esses números que só tendem a aumentar. De uma coisa eu tenho certeza: pior seria, se assim não fosse!
E o que me mantém viva, no sentindo pleno desta palavra, é a sua presença aí do outro lado...
4 disciplinas;
5 livros por semana;
3 artigos por semana;
1 dissertação;
1 trabalho entregue;
1 prova...
4 kg a menos...
E eu, o que faço com estes números?
Perdi as contas de quantas anotações eu fiz durante esses dois primeiros meses, quantos textos eu li e os outros que pretendi escrever...
Perdi as contas de quantas vezes deixei de existir, para me prostrar diante dos livros, e ainda bem que sempre me dediquei à leitura, senão seria muito mais complicado.
Mas eu já sabia que seria assim, e já que nunca fui boa em cálculos, eu quero mais é perder de vista esses números que só tendem a aumentar. De uma coisa eu tenho certeza: pior seria, se assim não fosse!
E o que me mantém viva, no sentindo pleno desta palavra, é a sua presença aí do outro lado...
sábado, 20 de abril de 2013
sem medos!
Independente do que digam, do pensem, ou do que fazem, sou eu quem decido o que dizer/pensar/agir sobre mim mesma. E a perda de medo é o que eu, enfim decidi para mim!
Sempre tive muitos medos, alguns bem desnecessários, outros nem tanto... Mas, percebi que o pior dos meus medos era não conseguir agradar as outras pessoas. Então, procurei por muito tempo, ser bastante coerente em minhas ações, ser sempre polida e contida, gentil e educada, eternamente amável... No entanto, com o passar do tempo, notei que eu perdia muito tempo conservando este medo irrelevante. Claro que minha polidez, minha contenção, minha gentileza, educação e amabilidade serão características que vou levar sempre comigo, independente de qualquer circunstância. Porém, não serão todas as pessoas que desfrutarão delas em todos os meus momentos. Porque, em algum momento, eu irei decepcioná-las (e isso será inevitável), em algum momento eu serei grossa, arrogante, e totalmente irredutível. Mas, farei isso por mim, pelo que sinto, não porque eu tenha a obrigação de ser sempre perfeita a fim de agradar a todas as pessoas. Adeus meu perfeccionismo
É, esse medo eu perdi, tenho aprendido a perdê-lo e espero passar o resto dos meus dias perdendo esse medo de ter que ser perfeita porque isso, (finalmente entendi) eu não sou!
Perdi o medo de andar na chuva, embora sempre procure sombras quando o sol parece esquentar demais...
Perdi o medo de confessar meus medos: em nenhum outro momento da minha vida eu vou ter esta idade, este cabelo, esta pele, este espelho, esta sensação, esta segurança...
Não tenho medo nenhum de confessar que eu gosto dos livros do Paulo Coelho, sou fã da literatura do Augusto Cury e contra toda expectativa, contra qualquer previsão curto algumas músicas do Luan Santana. Sim, eu sei que você vai me dizer:
- Como pode alguém com maturidade intelectual apurada, que faz mestrado acadêmico gostar disso?
E então, eu vou te responder, sem medos:
- O que me faz gostar ou não gostar de algo independe da minha instrução educacional. Goste você ou não. Não me importa o que você pensa... O que importa é que eu já me emocionei ao ler 'Nas Margens do Rio Piedra eu sentei e chorei' quando eu só tinha 14 anos de idade (embora lembre da história como se tivesse lido o livro agora), chorei horrores ao ler o último livro do Cury (O Colecionador de Lágrimas) e sim, fiquei encantada ao ver o vídeo da música Te Vivo, tão linda a letra e o clipe, apaixonante...
Sem medos de ser eu mesma, com meus gostos e desgostos!!! ;)
^^
Sempre tive muitos medos, alguns bem desnecessários, outros nem tanto... Mas, percebi que o pior dos meus medos era não conseguir agradar as outras pessoas. Então, procurei por muito tempo, ser bastante coerente em minhas ações, ser sempre polida e contida, gentil e educada, eternamente amável... No entanto, com o passar do tempo, notei que eu perdia muito tempo conservando este medo irrelevante. Claro que minha polidez, minha contenção, minha gentileza, educação e amabilidade serão características que vou levar sempre comigo, independente de qualquer circunstância. Porém, não serão todas as pessoas que desfrutarão delas em todos os meus momentos. Porque, em algum momento, eu irei decepcioná-las (e isso será inevitável), em algum momento eu serei grossa, arrogante, e totalmente irredutível. Mas, farei isso por mim, pelo que sinto, não porque eu tenha a obrigação de ser sempre perfeita a fim de agradar a todas as pessoas. Adeus meu perfeccionismo
É, esse medo eu perdi, tenho aprendido a perdê-lo e espero passar o resto dos meus dias perdendo esse medo de ter que ser perfeita porque isso, (finalmente entendi) eu não sou!
Perdi o medo de andar na chuva, embora sempre procure sombras quando o sol parece esquentar demais...
Perdi o medo de confessar meus medos: em nenhum outro momento da minha vida eu vou ter esta idade, este cabelo, esta pele, este espelho, esta sensação, esta segurança...
Não tenho medo nenhum de confessar que eu gosto dos livros do Paulo Coelho, sou fã da literatura do Augusto Cury e contra toda expectativa, contra qualquer previsão curto algumas músicas do Luan Santana. Sim, eu sei que você vai me dizer:
- Como pode alguém com maturidade intelectual apurada, que faz mestrado acadêmico gostar disso?
E então, eu vou te responder, sem medos:
- O que me faz gostar ou não gostar de algo independe da minha instrução educacional. Goste você ou não. Não me importa o que você pensa... O que importa é que eu já me emocionei ao ler 'Nas Margens do Rio Piedra eu sentei e chorei' quando eu só tinha 14 anos de idade (embora lembre da história como se tivesse lido o livro agora), chorei horrores ao ler o último livro do Cury (O Colecionador de Lágrimas) e sim, fiquei encantada ao ver o vídeo da música Te Vivo, tão linda a letra e o clipe, apaixonante...
Sem medos de ser eu mesma, com meus gostos e desgostos!!! ;)
^^
quarta-feira, 20 de março de 2013
Pela janela do ônibus... A viagem para Vitória...
A imagem que ficou foi a dele, ali parado, fazendo o símbolo do coração com as duas mãos...
E eu, do lado de dentro, olhando pela janela do ônibus, com os olhos marejados e a saudade esfolando o coração...
Os dias seguiram e novamente outra imagem permaneceu fixada em minha mente: aquelas três pessoas abraçadas - por quem eu daria o mundo, a vida, por quem eu faria tudo!
E mais uma vez, ficou a dor da despedida, uma dor desmedida, descabida, desmerecida...
Durante a viagem, a imagem que eu via pela janela do ôninbus, não era a paisagem, nem tampouco a estrada. A imagem que eu via se distanciava a cada quilômetro percorrido, e então eu via, com os olhos da alma, o casamento de Vaninha, a formatura de Nelbinha, a volta para casa dos meus pais e irmão, sem minha presença e a inquietação do meu namorado, sendo bombardeado com minhas mensagens durante toda a trajetória...
Nunca uma viagem de 16 horas dentro de um ônibus demorou tanto para chegar ao seu destino. Eu fechava os olhos, na tentativa de dormir, mas eu me via na Vavá Lomanto, abraçando Carlinha, tantas vezes aquele lugar foi nosso ponto de bate-papo e naquela terça-feira, foi um "adeus", com ares de "até breve", com sabor de saudade, uma saudade grande que não coube no coração, vazou pelos olhos...
Mais um quilômetro rodado, o sono chegava, mas as imagens que eu via pela janela do ônibus não me deixavam dormir. Eu me lembrava de cada palavra dita, de cada abraço apertado, de cada lágrima jorrada, de cada beijo molhado. De repente, eu me vi, de novo ali, no ponto do Oásis, à minha frente estava Vinicius, naquele momento ele era tudo o que eu tinha, tudo o que eu queria, era tudo em minha vida! Foi um momento triste para nosso relacionamento - acontecia a tão evitada despedida - porém, foi um dia marcante: nunca uma frase de amor havia sido dita com tanto fervor...
Enfim, me rendi ao sono, os olhos fecharam, mas ainda assim continuei enxergando. Agora, com os ouvidos, e a imagem que ficou foi a voz embargada de Tassinha, no dia anterior. Pelo celular nos despedimos, nos agradecemos, nos emocionamos. O abraço apertado foi adiado para o nosso reencontro...
Quando o ônibus parou em Itabuna, lembrei que a última vez em que eu estive lá, foi para comparecer à formatura da minha ninha Edry. As lágrimas voltaram com toda a força, porque eu não poderia estar ali para comparecer ao casamento dela, que ocorreria em duas semanas...sendo que, por tantas vezes prometemos que seríamos madrinhas de casamento uma da outra, e eu, dessa vez, ou mais uma vez, falharia...
Então, meio que por coincidência, lembrei que no mês seguinte o meu melhor amigo, Ricky, também estará se casando, e eu, não dessa vez, não poderei ser sua madrinha. Quantas faltas mais eu cometeria?
Vitória chegou, mas meu coração estava em pedaços... o que me manteve firme foi a mensagem do meu irmão: "Minha nossa, é só ficar longe que logo eu penso em você". E só de lembrar que a última vez que fiz este percursso, ele estava comigo, as lágrias voltam incessantes...tanta falta ele me faz...
No final de tudo o que ficou foi a saudade... saudade dos meus amigos, minhas amigas, meu amor, meus pais, meu irmão, minha família, minha terra... saudade de mim!
E eu, do lado de dentro, olhando pela janela do ônibus, com os olhos marejados e a saudade esfolando o coração...
Os dias seguiram e novamente outra imagem permaneceu fixada em minha mente: aquelas três pessoas abraçadas - por quem eu daria o mundo, a vida, por quem eu faria tudo!
E mais uma vez, ficou a dor da despedida, uma dor desmedida, descabida, desmerecida...
Durante a viagem, a imagem que eu via pela janela do ôninbus, não era a paisagem, nem tampouco a estrada. A imagem que eu via se distanciava a cada quilômetro percorrido, e então eu via, com os olhos da alma, o casamento de Vaninha, a formatura de Nelbinha, a volta para casa dos meus pais e irmão, sem minha presença e a inquietação do meu namorado, sendo bombardeado com minhas mensagens durante toda a trajetória...
Nunca uma viagem de 16 horas dentro de um ônibus demorou tanto para chegar ao seu destino. Eu fechava os olhos, na tentativa de dormir, mas eu me via na Vavá Lomanto, abraçando Carlinha, tantas vezes aquele lugar foi nosso ponto de bate-papo e naquela terça-feira, foi um "adeus", com ares de "até breve", com sabor de saudade, uma saudade grande que não coube no coração, vazou pelos olhos...
Mais um quilômetro rodado, o sono chegava, mas as imagens que eu via pela janela do ônibus não me deixavam dormir. Eu me lembrava de cada palavra dita, de cada abraço apertado, de cada lágrima jorrada, de cada beijo molhado. De repente, eu me vi, de novo ali, no ponto do Oásis, à minha frente estava Vinicius, naquele momento ele era tudo o que eu tinha, tudo o que eu queria, era tudo em minha vida! Foi um momento triste para nosso relacionamento - acontecia a tão evitada despedida - porém, foi um dia marcante: nunca uma frase de amor havia sido dita com tanto fervor...
Enfim, me rendi ao sono, os olhos fecharam, mas ainda assim continuei enxergando. Agora, com os ouvidos, e a imagem que ficou foi a voz embargada de Tassinha, no dia anterior. Pelo celular nos despedimos, nos agradecemos, nos emocionamos. O abraço apertado foi adiado para o nosso reencontro...
Quando o ônibus parou em Itabuna, lembrei que a última vez em que eu estive lá, foi para comparecer à formatura da minha ninha Edry. As lágrimas voltaram com toda a força, porque eu não poderia estar ali para comparecer ao casamento dela, que ocorreria em duas semanas...sendo que, por tantas vezes prometemos que seríamos madrinhas de casamento uma da outra, e eu, dessa vez, ou mais uma vez, falharia...
Então, meio que por coincidência, lembrei que no mês seguinte o meu melhor amigo, Ricky, também estará se casando, e eu, não dessa vez, não poderei ser sua madrinha. Quantas faltas mais eu cometeria?
Vitória chegou, mas meu coração estava em pedaços... o que me manteve firme foi a mensagem do meu irmão: "Minha nossa, é só ficar longe que logo eu penso em você". E só de lembrar que a última vez que fiz este percursso, ele estava comigo, as lágrias voltam incessantes...tanta falta ele me faz...
No final de tudo o que ficou foi a saudade... saudade dos meus amigos, minhas amigas, meu amor, meus pais, meu irmão, minha família, minha terra... saudade de mim!
domingo, 24 de fevereiro de 2013
2012 foi embora...
Chegou rápido demais para acreditar, para deixar de aproveitar...
Porém, quando me dei conta o ano mais lindo da minha vida passou...deixando rastros de alegria, persistência e luta, muita luta! E um gostinho indecifrável de "quero mais, quero tudo de novo, sem tirar nem por"...
Terminou contra tudo e contra todos: 2012 acabou, mas o mundo não!
Contra toda expectativa, contra qualquer previsão...*
O ano passou e deixou muitas saudades: a universidade, o trabalho, os amigos, a iniciação científica, a monografia, os congressos, o 1º ano de namoro com o cara dos meus sonhos, e então, o sonho da formatura realizado, o sonho da aprovação no mestrado concretizado...
2012 foi o ano mais incrível destes meus 1/4 de século de vida, o ano de conquistas e realizações e muita superação... só Deus sabe a minha batalha para chegar até aqui: o momento de olhar as fotografias e rir... lembrar desses acontecimentos e chorar... escrever e sentir o coração na mão, como um refrão de Boleros*? Pode ser... de fato 2012 foi marcante...
Certamente, quando eu resolver definitivamente escrever um livro buscarei a inspiração necessária relembrando os momentos vividos ao longo deste 2012: o ano em que, segundo o calendário Maia, o mundo iria acabar... se terminasse, te juro, eu morreria feliz!!!
Coincidências ou não, neste ano eu conheci as três capitais brasileiras que são ilhas: Florianópolis, São Luís e Vitória (consecutivamente)...e minha paixão por viagens não termina aí, conheci também Uberaba, no triângulo mineiro. Tudo isso, proporcionado pelo esforço e dedicação durante a graduação em Educação Física. E ao contrário do que muita gente pensa, não foi fácil realizar estas viagens justamente no ano em que conclui os trabalhos da iniciação científica e a monografia de final de curso. Isso sem mencionar as disciplinas que deixei acumular por conta do meu trabalho no SESI, quando tive que abdicar de algumas matérias próprias do semestre para cumprir aquelas benditas 30 horas... me recordo que muita gente boa me disse que eu não iria conseguir me formar em tempo hábil, que eu estava cometendo um erro, que iria comprometer a minha formação... segui, por fim, o meu coração...guiado pela razão!
No final das contas, eu percebi que às vezes é necessário passar por algumas privações para que se possa realizar sonhos maiores. E olha só: eu consegui! Mas nem adianta pensar que tudo foi mérito meu, porque se não fosse pelas pessoas que estavam ao meu lado durante todo este percurso, realmente eu não teria conseguido. Sim, reconheço e confesso tranquilamente que sou uma mulher de sorte porque tive o melhor pai do mundo, a melhor mãe do mundo, o melhor irmão do mundo, os melhores amigos do mundo, os melhores professores do mundo, os melhores alunos do mundo e o melhor namorado do mundo... sem eles
não somente seria inválida a minha conquista, mas inalcançável. Sou o que sou, porque estas pessoas me apoiaram, acreditaram, e insistiram na minha bravura, sem me permitir ter escolha de desistir...
É, 2012 já foi: mas estas pessoas permanecerão em minha memória, em minha lembrança, em minhas fotografias e em meu coração por mais 1/4 de século de vida, ou quantos venham me abraçar...
Nem tão longe que eu não possa ver, nem tão perto que eu possa tocar, nem tão longe que eu não possa crer que um dia eu chego lá!!!*
Porém, quando me dei conta o ano mais lindo da minha vida passou...deixando rastros de alegria, persistência e luta, muita luta! E um gostinho indecifrável de "quero mais, quero tudo de novo, sem tirar nem por"...
Terminou contra tudo e contra todos: 2012 acabou, mas o mundo não!
Contra toda expectativa, contra qualquer previsão...*
O ano passou e deixou muitas saudades: a universidade, o trabalho, os amigos, a iniciação científica, a monografia, os congressos, o 1º ano de namoro com o cara dos meus sonhos, e então, o sonho da formatura realizado, o sonho da aprovação no mestrado concretizado...
2012 foi o ano mais incrível destes meus 1/4 de século de vida, o ano de conquistas e realizações e muita superação... só Deus sabe a minha batalha para chegar até aqui: o momento de olhar as fotografias e rir... lembrar desses acontecimentos e chorar... escrever e sentir o coração na mão, como um refrão de Boleros*? Pode ser... de fato 2012 foi marcante...
Certamente, quando eu resolver definitivamente escrever um livro buscarei a inspiração necessária relembrando os momentos vividos ao longo deste 2012: o ano em que, segundo o calendário Maia, o mundo iria acabar... se terminasse, te juro, eu morreria feliz!!!
Coincidências ou não, neste ano eu conheci as três capitais brasileiras que são ilhas: Florianópolis, São Luís e Vitória (consecutivamente)...e minha paixão por viagens não termina aí, conheci também Uberaba, no triângulo mineiro. Tudo isso, proporcionado pelo esforço e dedicação durante a graduação em Educação Física. E ao contrário do que muita gente pensa, não foi fácil realizar estas viagens justamente no ano em que conclui os trabalhos da iniciação científica e a monografia de final de curso. Isso sem mencionar as disciplinas que deixei acumular por conta do meu trabalho no SESI, quando tive que abdicar de algumas matérias próprias do semestre para cumprir aquelas benditas 30 horas... me recordo que muita gente boa me disse que eu não iria conseguir me formar em tempo hábil, que eu estava cometendo um erro, que iria comprometer a minha formação... segui, por fim, o meu coração...guiado pela razão!
No final das contas, eu percebi que às vezes é necessário passar por algumas privações para que se possa realizar sonhos maiores. E olha só: eu consegui! Mas nem adianta pensar que tudo foi mérito meu, porque se não fosse pelas pessoas que estavam ao meu lado durante todo este percurso, realmente eu não teria conseguido. Sim, reconheço e confesso tranquilamente que sou uma mulher de sorte porque tive o melhor pai do mundo, a melhor mãe do mundo, o melhor irmão do mundo, os melhores amigos do mundo, os melhores professores do mundo, os melhores alunos do mundo e o melhor namorado do mundo... sem eles
não somente seria inválida a minha conquista, mas inalcançável. Sou o que sou, porque estas pessoas me apoiaram, acreditaram, e insistiram na minha bravura, sem me permitir ter escolha de desistir...
É, 2012 já foi: mas estas pessoas permanecerão em minha memória, em minha lembrança, em minhas fotografias e em meu coração por mais 1/4 de século de vida, ou quantos venham me abraçar...
Nem tão longe que eu não possa ver, nem tão perto que eu possa tocar, nem tão longe que eu não possa crer que um dia eu chego lá!!!*
sábado, 26 de janeiro de 2013
Antes que o tempo acabe*
Passou tão rápido que nem deu pra digerir direito tudo aquilo que me aconteceu: ontem eu só tinha 6 anos de idade, hoje, incrivelmente, já tenho quase a metade de 60!
Ontem eu estava tão apreensiva, e hoje, mais conformada que impressionada, olho rapidamente para o relógio e percebo inconscientemente que chegou o momento de partir, de seguir, de finalmente ir...
Com as mãos vazias, o coração palpitando e a mente cercada de lembranças para tudo quanto é lado, recordações de tudo o que me aconteceu e também daquilo que poderia ter acontecido num futuro próximo, mas que certamente, infelizmente, sentencio que não se realizará!
Mais um ciclo se completou e a vida segue implacável, impermeável, ininterruptamente, como essas minhas palavras que brotam não sei de onde, nem pra quê, mas estão cheias de um saudosismo passado e uma inebriante expectativa futura: apesar de tudo as minhas contradições me perseguem, me consomem e continuam se perpetuando, fazendo do meu livro de história um imenso texto com fagulhas de inspiração e infindáveis linhas de suor derramado e litros de lágrimas abortadas.
Então, antes que o meu tempo seja findado de uma vez, registo aqui, com essas simplórias palavras, tão singelas, tão absortas em si mesmas, tão incapazes de definir o que sinto diante deste tempo que se finaliza, com essas entrelinhas mal expressas, mal definidas, mal comunicadas, com esse meu desejo reprimido de encerrar esse período tornando-o imortal, inigualável, incomparável, com tudo isso em mente, finalmente eu informo que de uma forma ou de outra passou, mas do mesmo modo, permanecerá!
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