Aqui eu nasci, estudei e conheci pessoas que fizeram minha vida mais feliz...
Aqui eu cresci (não no tamanho, claro! rsrs), mas aprendi a viver, aprendi o significado de caráter, índole, honra...
Na cidade natal eu me sinto nostálgica, fico olhando as fotografias, olho as (poucas) modificações físicas, e a discrepância de outrora para agora...
Tudo mudou, embora continue do mesmo jeito de sempre...
Não tenho vontade de voltar para a minha cidade Natal, apesar de volta e meia eu estar aqui, de querer voltar pra cá...não pelo lugar em si, mas, especialmente pelas pessoas que o compõem...
No fundo, lá no fundo mesmo, eu gosto daqui, apesar desse aperto no peito e dessa sensação de que "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia"... aqui é o meu lugar, é onde estão minhas raízes, sanguíneas e psicológicas!
Gandu, feliz Natal! minha cidade natal...que novos horizontes se apresentem para tua população e que eu jamais te tire da minha memória e, principalmente do meu coração que é aonde você sempre vai estar, esteja aonde eu estiver, aconteça o que acontecer!
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Túnel do Tempo *
Depois de ontem eu percebi que a vida é um túnel do tempo em que o futuro, o agora e o outrora emergem para a mesma direção causando uma completa combustão!
O Humberto diria: "Pra frente é que se anda para a praça ver a banda passar"...
Não... Minha mente está num ontem que foi lindo, no hoje que me traz medo e num amanhã incerto, incrédulo, incoerente, inconstante e inatingível!
Depois de ontem há planos e sonhos, mais sonhos que planos, mais planos incompletos que sonhos incapazes;
Mas então, o que vem depois de ontem? Mais uma vez, o Humba me alerta: " ano 2000 era futuro há pouco tempo atrás"...
Hoje só há dúvidas, fúrias, injúrias...
Eu quero o ontem de volta, ou o amanhã inesperado deitado calmamente em meus braços. Tenho medo do hoje, do agora e desse exato instante que se esvai. Enquanto isso, já não entendo sequer o que escrevo, o que penso, o que acredito porque a minha letra está ilegível, ileal, ininteligível!
Nessa indecisão, nessa indiscrição, essa minha imposição, minha insensatez... Somente o Gessinger poderia me fazer terminar dizendo: "Há um tempo certo para tudo, para tudo uma razão (ou não), há uma luz no fim do túnel"... Será? Seria? Ontem seria ou amanhã será? No fim do túnel, só o tempo pode responder minhas dúvidas com cheiro de fogo fátuo, falta de ar.*
O Humberto diria: "Pra frente é que se anda para a praça ver a banda passar"...
Não... Minha mente está num ontem que foi lindo, no hoje que me traz medo e num amanhã incerto, incrédulo, incoerente, inconstante e inatingível!
Depois de ontem há planos e sonhos, mais sonhos que planos, mais planos incompletos que sonhos incapazes;
Mas então, o que vem depois de ontem? Mais uma vez, o Humba me alerta: " ano 2000 era futuro há pouco tempo atrás"...
Hoje só há dúvidas, fúrias, injúrias...
Eu quero o ontem de volta, ou o amanhã inesperado deitado calmamente em meus braços. Tenho medo do hoje, do agora e desse exato instante que se esvai. Enquanto isso, já não entendo sequer o que escrevo, o que penso, o que acredito porque a minha letra está ilegível, ileal, ininteligível!
Nessa indecisão, nessa indiscrição, essa minha imposição, minha insensatez... Somente o Gessinger poderia me fazer terminar dizendo: "Há um tempo certo para tudo, para tudo uma razão (ou não), há uma luz no fim do túnel"... Será? Seria? Ontem seria ou amanhã será? No fim do túnel, só o tempo pode responder minhas dúvidas com cheiro de fogo fátuo, falta de ar.*
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
eternamente...
Eu tive o privilégio de ter Mariluci como cunhada...
E não sei como utilizar as palavras para agradecer à Deus por este presente em minha vida!
Em cidades distantes, vivendo em Estados diferentes, e os quase 7 anos sem a presença física... nada disso foi suficiente para diminuir o carinho e a admiração que tenho por ela (pelo contrário)...e mesmo depois da separação, mesmo não possuindo mais a nomenclatura proporcionada pela relação supostamente familiar, ainda assim o sentimento que nutrimos vigorou, cresceu e se fortaleceu... vai além do que os conceitos podem definir e delimitar. Como ela me disse certa feita: "Uma vez cunhada, para sempre cunhada" não importa se de fato é ou não, para quê afinal essa determinação? Isso me encheu os olhos de lágrimas e o coração de conforto. Mais uma vez, agradeci à Deus por essa dádiva!
Relações são destruídas tão facilmente nos dias atuais que quando a gente encontra alguém que nos acolhe, nos compreende, nos envolve com sua atenção e apoio, daí então percebemos que não importa o que aconteça, nem o tempo nem a distância e nem tampouco as circunstâncias, a gente vai querer cultivar, cuidar, contemplar e continuar a manter o contato...e ainda bem que existem as redes sociais para nos manter sempre conectadas!
Hoje eu só tenho palavras para agradecer à Deus pela sua vida, pela oportunidade de fazer parte da sua história, por tivermos sido cunhadas e pela convicção de que continuaremos a ser...eternamente!
- E agora que você não é mais a esposa do meu irmão, como vai ficar nossa relação?
- Não se preocupe: uma vez cunhada, para sempre cunhada! ^^
Te amo, Lu!
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
À flor da pele!
Durmo e acordo pensando nesse dia...
Respiro ansiosa e angustiada a chegada desse momento.
Quando vejo as fotografias antigas, quando escuto as músicas que cultuava outrora, quando relembro de velhas e encorajadoras histórias...
Ando tão à flor da pele que meus cabelos caem aos montes, as unhas de todos os dedos quebram com imensa facilidade e as lágrimas brotam, abortam, borbulham...um barulho ensurdecedor que invade minha garganta, que por sua vez, grita, agride, agradece as gargalhadas que surgem inesperadamente, molhando de suor a palma de minhas mãos e o canto interno dos olhos...eriçando os pelos da minha pele por pura consequência, por pura eloquência!
Estou tão à flor da pele: qualquer imagem me persegue, qualquer coisa me bagunça, qualquer dor me invade, me persegue, me cala e me desampara, inclusive essa sobra de silêncio interior, essa falta de palavras de um ser superior, e essa inevitável e constante sensação de ser inferior...todo esse nada me atormenta, me mortifica, me mantém incrédula, inóspita, incapaz...de uma só vez!
Tão à flor da pele que a voz embaraça, os pés falham, os cabelos caem e as unhas quebram...de novo e novamente e mais uma vez... Então, não reconheço mais a imagem que vejo quando olho o espelho à minha frente. Só sinto, por fim, a pele arrepiada de medo, de pavor, de cansaço e dor...mas não arde, não há feridas abertas, nem sangramentos expostos, somente um latente pensamento de desconstrução própria à espera da chegada do dia e do momento em que a minha pele poderá enfim, florescer, amadurecer, envelhecer e então, fenecer!
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Nostalgia
Hoje eu senti saudade da Emarc - Escola Média de Agropecuária Regional da Ceplac - uma saudade sem precedentes, sem explicações, sem motivos e sem interpretação!
O Ap 39, a trilha da matinha, as conversas de final de tarde, o sorvete na praça, as aulas diurnas, os trabalhos noturnos, as conversas durante o serviço na praça de alimentação, dos filmes exibidos na cooperativa, dos doces de leite...
Saudades das irmãs, das madrinhas, dos amigos, dos companheiros, dos parentescos criados entre veteranos e calouros...
Confesso que hoje estou bem melhor: passei por momentos bastantes conturbados no início da minha caminhada dentro da Emarc...dos quais eu até preferiria esquecer, mas preciso deles para reconhecer que se eu cheguei até aqui é porque eu tive que superar, tive que suportar, tive que enfrentar todo sufoco!
Mas, ao longo dos anos de 2006/2007, período do curso técnico de Turismo e Hotelaria conheci pessoas incríveis, lugares exuberantes, atitudes humanitárias, risadas inesquecíveis e uma alimentação que tornou meu estômago resistente a qualquer bactéria! rsrsrsrsrs
Os dias chuvosos, a umidade alta do ar, a confiança das minhas amigas, o desepero de voltar pra casa, a dedicação aos estudos e aos trabalhos...o que passei na Emarc da cidade de Uruçuca-BA me ajudou a construir meus sonhos, foi um grande alicerce para desenvolver minha base enquanto ser humano, enquanto Tecnóloga de Turismo e Hotelaria...realmente não era o que eu pretendia fazer, mas foi o que estava nas minhas possibilidades e isso mudou todo o rumo da minha vida.
A Emarc me trouxe amizades sinceras e duradouras, me trouxe diversas experiências educadoras, me trouxe percepção de vida e de batalha... e de conquistas vindouras!
Talvez essa seja a justificativa para a existência da minha saudade atual: de vez em quando eu vou sentir falta daquele espaço, daqueles ollhares, daquelas conversas, daquele aconchego, daquele aprendizado!
E então vou ter a total convicção de que a nostalgia é a palavra que mais combina com esse sentimento, com esse momento de agora e com todo esse meu saudosismo.
por: Adrielle Lopes ^^
O Ap 39, a trilha da matinha, as conversas de final de tarde, o sorvete na praça, as aulas diurnas, os trabalhos noturnos, as conversas durante o serviço na praça de alimentação, dos filmes exibidos na cooperativa, dos doces de leite...
Saudades das irmãs, das madrinhas, dos amigos, dos companheiros, dos parentescos criados entre veteranos e calouros...
Confesso que hoje estou bem melhor: passei por momentos bastantes conturbados no início da minha caminhada dentro da Emarc...dos quais eu até preferiria esquecer, mas preciso deles para reconhecer que se eu cheguei até aqui é porque eu tive que superar, tive que suportar, tive que enfrentar todo sufoco!
Mas, ao longo dos anos de 2006/2007, período do curso técnico de Turismo e Hotelaria conheci pessoas incríveis, lugares exuberantes, atitudes humanitárias, risadas inesquecíveis e uma alimentação que tornou meu estômago resistente a qualquer bactéria! rsrsrsrsrs
Os dias chuvosos, a umidade alta do ar, a confiança das minhas amigas, o desepero de voltar pra casa, a dedicação aos estudos e aos trabalhos...o que passei na Emarc da cidade de Uruçuca-BA me ajudou a construir meus sonhos, foi um grande alicerce para desenvolver minha base enquanto ser humano, enquanto Tecnóloga de Turismo e Hotelaria...realmente não era o que eu pretendia fazer, mas foi o que estava nas minhas possibilidades e isso mudou todo o rumo da minha vida.
A Emarc me trouxe amizades sinceras e duradouras, me trouxe diversas experiências educadoras, me trouxe percepção de vida e de batalha... e de conquistas vindouras!
Talvez essa seja a justificativa para a existência da minha saudade atual: de vez em quando eu vou sentir falta daquele espaço, daqueles ollhares, daquelas conversas, daquele aconchego, daquele aprendizado!
E então vou ter a total convicção de que a nostalgia é a palavra que mais combina com esse sentimento, com esse momento de agora e com todo esse meu saudosismo.
por: Adrielle Lopes ^^
domingo, 19 de agosto de 2012
monografia, pra que?
Estive pensando
sobre a importância do trabalho de conclusão de curso. Sim, isto
mesmo, a tal da monografia. Cuja palavra vem do grego: mónos
significa “um só” e graphein
significa “escrever”. Assim, traduzindo-a de forma bem
pragmática, seria: “um só escrever”, ou ainda “escrever sobre
um só tema”. Enfim, voltando a refletir sobre o valor que tem a
monografia para um discente que está prestes a concluir a graduação,
me deparo com alguns questionamentos, dentre eles, o principal fator
que me aflige é a sua obrigatoriedade. Afinal de contas, é somente
um trabalho de 80 páginas (para mais ou para menos) que “um só
escreveu” ou que “escreveu sobre um só tema” que irá
determinar o preparo ou não do concluinte a graduar-se? Será que o
histórico deste discente não seria suficiente, ou ainda as
publicações que o mesmo fez ao longo de sua graduação não seriam
satisfatórias para garantir a sua conclusão de curso?
Se estiver pensando
que sou contra a monografia, pensou equivocadamente. O que me
angustia é a pressão que há sobre esta que deveria ser encarada
como uma atividade corriqueira, já que escrever é imprescindível
para registrar o que foi aprendido. Certo dia, um professor muito
sábio, chamado Fábio Mansano, me perguntou como estava sendo a confecção da minha
monografia, eu disse: o único problema é a pressão exercida sobre
ela, pois eu gosto de escrever, gosto de pesquisar, não encaro a
construção de um trabalho científico como algo maçante e
cansativo, pelo contrário, me animo com cada etapa cumprida e fico
contente com cada linha que foi elaborada. Muitas vezes, alguns
desses parágrafos são sugeridos pelo orientador, que apesar disso,
tem a preocupação de nunca retirar a essência das minhas próprias
ideias, apenas procura explicitá-las. Então, o professor sábio me
disse que o meio acadêmico é cheio de rituais que devem ser
seguidos, mas isso não significa que devamos realizar tudo de forma
automática. Ou seja, eu deveria cumprir mais esta etapa por uma
questão mais burocrática que por necessidade, mas isso não
implicaria na minha falta de reflexão sobre este processo.
Por isso, deixo
aqui o registro de que o cumprimento à legislação foi feito, mas a
minha crítica está automaticamente infiltrada em todas as linhas
desta pesquisa, que chamam comumente de monografia. Afinal, para mim,
ela é só mais uma etapa a ser cumprida. Porém, se por acaso, ela
servir de base para outros estudos, se ela vier a contribuir para o
amadurecimento intelectual de outros discentes, somente então eu
entenderei a verdadeira importância de se realizar a tal monografia.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
1 ano ♥
Eu sou corinthiana... ele, vascaíno!
Eu prefiro rock... ele, reggae!
Eu falo e escuto, ele olha e observa...
A gente é assim: às vezes não tem nada a ver! (nada a perder*)
Eu e ele: dois universos extremos, opostos, conectados por um sentimento que só emite um querer... (duas pessoas são duas verdades, mas na verdade são dois mundos*)
Eu sempre quero mais um sorriso, mais um beijo, mais um minutinho... dele, com ele, pra ele!
É, depois de um ano de namoro, a gente observa que a diferença, talvez seja o que temos em comum*:
A gente nasceu no mesmo mês...
A gente ama doces!
A gente adora filmes!
A gente idolatra os livros!
A gente curte demais estar juntos...
E é por isso que depois de 365 dias ao lado dele eu tenho a legível constatação de que quero mais um sorriso dele, mais um beijo dele, mais um minutinho ao lado dele...por milhões e milhões de 365 dias...
Os opostos se distraem, os dispostos se atraem - já dizia um sábio (que não é o HG*).
♥
terça-feira, 10 de julho de 2012
Agradecimentos especiais
Há tantos quadros na parede na minha memória...
Tantas histórias, tantas pessoas especiais!!!
Se eu cheguei até aqui é porque muita coisa aconteceu: muitos amigos surgiram, muitos desapareceram, muito de mim ficou e muito de mim sumiu...
Começo pelos meus pais que não só me deram origem, nome e criação... me deram amor, conselhos, exemplos e um coração que não cabe em mim!
Meu irmãozinho, que acompanhou meus passos desde quando eu tinha 2 anos de idade, esteve comigo mesmo quando não estávamos juntos...
Meus amigos, da escola, do cursinho, da Emarc, da UESB...
Meus professores, das escolas do ensino infantil, fundamental e médio, dos cursinhos, da Emarc, da UESB...
Às cidades, de origem, de construção, de realização!
Os estágios, os trabalhos, as horas de dedicação braçal e intelectual...
Meus alunos que por pouco tempo, me deram tudo que eu precisava...
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro...
Cada pessoa é realmente única, indescritível, inenarrável...incrível!
Agradeço a todas estas pessoas especiais que me ajudaram a chegar até aqui ^^
quinta-feira, 5 de julho de 2012
fonte e inspiração ^^
Eu estava em
processo de Amadurecência;
Fiz uma Oração para a vida;
O Criador, com Pena de mim, me permitiu ficar Perto
de você!
Embora não
estivesse em constante Vigília;
Você é Uma parte que não tinha chegado até mim
E apesar da
minhA fé solúvel, da falta de uma
Tática e
estratégia, e até
mesmo da minha Mágramática;
Não foi preciso
subir nA pedra mais alta, nem
participar de uma Quermesse...
... De ontem em diante tudo começou a ficar em sintonia.
Tudo isso Não há de ser nada, ou talvez seja a
construção do Nosso pequeno castelo...
Na verdade, O tudo é uma coisa só!
Então começou
uma enorme Folia no meu quarto;
Parecia mesmo
um Sonho de uma flauta;
Felicidade? Só a
Boneca de pano entenderia;
O que eu sei é
que Você me bagunça,
Sintaxe à vontade para fazer parte da minha vida...
E logo Separô tudo dentro de mim...
Na varanda da
minha vida, Brilha onde estiver uma
lembrança sua;
Não faço a
mínima ideia de como será A programação
do dia no Xanéu nº5...
Além, porém aqui existe uma parte de mim que não desgruda de ti... Chego até
deslumbrar um Realejo...
Sobra tanta falta quando você não está comigo;
Então, Cuida de mim, que eu cuido de ti: Sina nossa!
Alguma coisa aconteceu
nA primeira semana , e agora o que acontecerá? Amanhã... Será?
Amém ^^ PS: O Teatro Mágio é a fonte... Ele é a inspiração ;)
quarta-feira, 27 de junho de 2012
metade vazio
Meus primeiros alunos faziam parte do Projeto Vivenciando o Meio Aquático, que durou de maio a dezembro de 2010. Até então eu nunca tinha sido professora. Mas ser professora de Natação foi tão tranquilo, pratiquei o esporte por quase 10 anos de minha vida. Então, os livros e os professores só me auxiliaram em algumas questões pedagógicas, mesmo.
Lembro de cada rostinho, a expectativa, a ansiedade, a frustração... o irônico da história é que eles me deram uma coisa que até hoje é insubstituível: carinho.
Sim, confesso, tenho uma carência desesperadora. Qualquer manifestação de afeto e eu já me derreto toda. E estes meus alunos do Projeto Vivenciando o Meio Aquático foram os primeiros a mostrar sua afeição... mas o certo é que por ser a Natação, esse processo foi bastante facilitado, porque todo mundo gosta de água, ela por si só já é um elemento lúdico. Porém, o que eles passaram pra mim, até hoje me emociona, eles não apenas aprenderam a nadar, ou pelo menos se relacionar com o meio líquido. Eles mostraram que o esporte é um mero detalhe, mais importante são as relações que estabelecemos.
Em seguida, vieram os alunos do SESI - Projeto Atleta do Futuro. Essa experiência foi muito desafiadora pra mim, particularmente, porque eu iria substituir a professora que eles amavam, e que - cá pra nós - é de uma competência sem igual. Fiquei apavorada com essa imensa responsabilidade, mas fui mostrando pra eles que cada um tem o seu jeito único e que, por isso mesmo devemos aproveitar cada momento com as pessoas que estão ao nosso lado, porque elas são únicas. Comecei em dezembro de 2010 e fiquei com eles até julho de 2011, porque tive que optar pela Iniciação Científica, caso contrário, faria de tudo para continuar com eles. Nossa, quantas vezes cheguei na aula cansada, triste, desestimulada... e, eles simplesmente me recebiam com um sorriso, com um brilho no olhar, com bombons (hummm) que mudava completamente o meu dia. E conversavam tanto comigo. A aula era de natação - mais uma vez a água facilitando o processo - mas por inúmeras vezes me senti como psicóloga e quase sempre uma amiga com quem meus alunos sabiam que poderiam contar pra tudo e era exatamente o que acontecia... só que amigos, nem sempre nos dizem o que queremos ouvir, dizem também o que merecemos ouvir. Ai, que saudade do abraço apertado, da exigência em parabenizá-los por cada ínfima conquista. Se eles soubessem o quanto eu me sentia feliz e satisfeita por cada braçada que eles davam, nem precisavam ter cobrado tanto os meus curtos e contidos elogios.
E então começara o Estágio Supervisionado I, na escola Fernando Barreto, turma da 7ª série matutino. Dessa vez, eu não poderia mais contar com a ajuda da água para conquistar a amizade e simpatia dos meus alunos. Por outro lado, Vaninha estava comigo e isso me deu uma segurança tão grande. Juntas planejávamos as aulas, e juntas ministrávamos as aulas de Educação Física, cuja temática principal era Atividade Física e Saúde. Mas a turma só queria saber do tal do baba. Oh meu Deus! quanto trabalho eles nos deram, mas após os 3 meses do estágio (abril, maio e junho de 2011) eles compreenderam a importância de entender que a atividade física e saúde é o conteúdo geral de tudo que rodeia a Educação Física. Mas, acima de tudo, eles assimilaram algo que nem eu nem Vaninha dissemos diretamente: mais importante que praticar qualquer atividade física, é estar ao lado das pessoas que nos fazem bem, é a amizade, a união, que muitas vezes são exercidas na prática de algum esporte ou ourta atividade física. Jamais esquecerei suas dúvidas, incertezas, seus argumentos, sua atenciosidade e principalmente o carinho e o respeito com que nos trataram desde o início.
E então, chegara o Estágio Supervisionado II, no Caic, com as turmas da creche e da 2ª série. Pra ser sincera, não me sentia nem um pouco preparada para lidar com estes alunos. Dessa vez o desespero foi aterrorizante porque eu não só não teria a ajuda da água, como não tinha trabalhado com crianças de 3 anos. Fiquei desnorteada por não saber o que e como fazer. Porém, o professor da disciplina e o colega Miquéias, que realizou o estágio 2 comigo me deram todo apoio do mundo e seus conselhos foram de suma importância para que eu me tranquilizasse nesse período que durou de novembro de 2011 a abril de 2012. Só sei que após o primeiro contato com eles, percebi que meu desespero era totalmente desnecessário, porque os alunos do Caic, como eu, são de uma carência de carinho mesmo, sabe? tão grande que não tem como não se apegar e criar laços. No caso específico dos alunos do Caic, o momento das aulas de Educação Física era o momento mais esperado da semana, porque eles não tinham em sua escola a Educação Física escolar. E era nítido o brilho do olhar deles, quando eu e Miquéias chegávamos nas aulas com o material de apoio: bolas, cones, bambolês, cordas. Nossa, alguns terminavam o lanche imediatamente pra chegar logo na aula, e aquilo me dava uma noção de responsabilidade tão grande que tive que ler muitos livros para poder não decepcioná-los. No final das contas, eles ganharam muito pela oportunidade de ter aulas de Educação Física, mas eu ganhei muito mais, não só pela experiência única, mas pelo carinho que recebi de todos eles!!!
Agora, metade do meu coração está vazio...
sexta-feira, 4 de maio de 2012
enfim... o final se inicia!
O último semestre do curso de Educação Física enfim chegou, e eu só tô começando...
Chegou e eu ainda nem terminei de ler o segundo livro desse último recesso de 15 dias...
Chegou e eu ainda não assisti todos os filmes que pretendia nestes dias...
Chegou e eu nem colhi os dados da minha monografia...
Chegou e eu só estou pensando nos congressos deste semestre...
Chegou e eu tô preocupada exatamente com as disciplinas que pretendo fazer com outros cursos...
Paranoia essa a minha!
Parece coisa de gente psicopata...
Mas fazer o que, se eu me apaixonei: a Educação Física tomou conta de mim, e isso mudou tudo!
Quanto mais o tempo passa mais vontade eu sinto de estudar, de pesquisar, de trabalhar, de me dedicar...
de estar aqui.
O final se inicia, e eu tô ansiosa para recomeçar! Tô ansiosa para que demore, para que não chegue logo, para ficar mais um pouquinho...será que isso é medo? de que? um novo começo se inicia...e a vida continua, seja aonde for...
Mas eu só queria terminar de ler o livro, assistir os filmes que estão aqui, ainda preciso de tempo para coletar os dados da pesquisa monográfica, e tem os congressos, que pretendo comparecer, sem falar das disciplinas que quero cursar (Libras e Ciências Políticas). Eu sei, você vai me dizer que eu não vou dar conta de tudo...que eu quero abraçar o mundo...
Mas me deixa tentar, curtir o final...e o novo início!
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Existe sim! ^^
Certa vez um colega da faculdade que admiro muito, me disse, ainda no 2º semestre do curso de Educação Física da UESB: "Não existe amizade verdadeira no espaço universitário." Fiquei pensando nisso por horas, dias, meses, e penso ainda hoje, beirando o último semestre...penso que ele estava totalmente equivocado! Inclusive, acredito que nem ele mais pense dessa forma!
Me identifiquei com Vaninha logo de cara, foi impressionante nossa sintonia: a gente conversava e não parava mais. Em seus olhos vi algo inexplicável... algo próximo àquilo que chamamos de sinceridade. E os olhos não metem... passamos não só a fazermos os trabalhos acadêmicos juntas, mas também passamos a estudar, trocar confidências, falar dos nossos sonhos, e enfim...surgiu um sentimento que não consigo descrever porque sinto vontade de chorar, e se eu choro, paro de pensar, afinal, eu não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo!rsrsrsrsrs
Então eu fico olhando nossas fotos (algumas se perderam no meio do caminho, que pena!) se eu pudesse voltar no tempo seria mais cuidadosa com essas fotos que, felizmente ainda guardo na memória. Mas, o que realmente importa é esse sentimento que só fez crescer e solidificar durante todo esse nosso percurso na Universidade.
Eu agradeço tanto à Deus porque eu e Vaninha tivemos a oportunidade de fazer parte da mesma turma na faculdade, pois a gente é a prova de que existe sim amizade verdadeira na universidade, lugar onde a competitividade impera, a inveja toma conta e se ignoram as questões humanas em detrimento do sucesso a qualquer custo, acima de tudo, e pra que?
Diante disso, sabe o que mais me surpreende com a amizade de Vaninha?
É que depois que a gente fez tanto trabalho juntas, depois que passamos horas e horas estudando para as provas e seminários, depois de participarmos juntas do Projeto SOLAZER, do projeto ATLETANDO, do estágio na Secretaria Municipal de Esportes, depois do nosso Estágio Supervisionado I na escola Fernando Barreto, depois de tudo isso, nós nos afastamos... não porque queremos, mas por conta das circunstâncias, tomamos caminhos distintos no transcorrer do curso... no entanto, isso não diminuiu um milésimo de segundo, não diminuiu nem um milimetro sequer do carinho, da admiração e do amor que sinto por ela.
Por isso que digo, com propriedade, que a nossa amizade surgiu no curso de Educação Física, mas vai perdurar por toda a eternidade, afinal o que é verdadeiro é conservado, é cultivado, é cuidado, é... e pronto! Não há mais nada o que dizer, só sentir...
Então, espero que a Vaninha sempre sinta essa admiração que tenho por ela, ainda que a gente fique dias sem se encontrar, dias sem se falar... pois, o que importa é que aqui dentro, do lado esquerdo do peito, bate um coraçãozinho que toda vez que pensa em Vaninha, sente uma emoção enorme e faz uma oração à Deus para que ela continue seguindo firme e forte na luta diária pela realização de seus sonhos.
Vaninha, obrigada por me ensinar que sim! que existe sim amizade sincera nascida no âmbito universitário. E... quando esse último semestre terminar eu vou olhar para trás e dizer com toda convicção: "Obrigada Deus, pela existência dessa amizade, que não terminará aqui, pelo contrário, existirá enquanto vivermos."
Já sinto uma saudade terrível de ti, Vaninha... e são tantas lembranças boas que minhas lágrimas insistem em jorrar! então vou deixar que agora elas falem por mim, porque o que eu precisava dizer, já está aí... o que fica agora são apenas lágrimas incontidas e a vontade daquele abraço acolhedor e sincero!
^^
terça-feira, 3 de abril de 2012
serviço do tempo!
Tenho andado preocupada com o tempo, com medo de não ter tempo, de não dá tempo...de não estar à tempo, à serviço do tempo!
Tenho corrido incansavelmente para cima do tempo, tenho gritado por seu nome, tenho me desesperado à sua procura...
Tenho sonhado com o tempo, com a efêmera passagem do tempo e suas consequências infáliveis, imagináveis, inalcansáveis, intoleváveis.
Sempre venerei o tempo...
Costumava dizer que o tempo é o Senhor de todas as coisas, de todas as criaturas, porque ele tudo cura, tudo cicatriza, tudo ameniza, tudo passa...
Mas, ultimamente tenho mantido muitas discussões com o tempo, que insiste em passar rapidamente por mim, e assim me provoca o tempo todo. Já não sei o que fazer com esse tempo.
Então, quando acordo o amanhã chegou e já é hora de seguir por outra estrada, um caminho há muito tempo tão esperado... e já está aqui, batendo na porta, só que eu ainda estou com os olhos recém abertos, os cabelos desalinhados e de pijama...
O que será que aconteceu durante esse tempo? o que foi que eu deixei passar? O que escapou das minhas mãos, da minha visão, da minha intuição?
Tempo...que me trouxe tantas realizações, e agora me deixa tão inquieta, tão confusa, tão insegura, tão ansiosa, tão inerte...
Tempo...que mudou meus planos, que remexeu meus contos, que me virou do avesso e me trasformou... me diz o que devo fazer para te ter de novo, para te entender, para voltar a te admirar e novamente te venerar, como sempre foi?!
Tempo, eu que sempre te conservei perto de mim, estou te implorando: por favor, fica mais um pouquinho comigo aqui... segure firme em minhas mãos, não passe tão depressa assim, toma mais uma dose, come mais um pedaço, tem mais um livro na estante para a gente ler, e ainda temos uma música antiga para ouvir, depois vamos dormir 8 horas initerruptas! há tanto tempo não fazemos isso... e era tão bom quando você me entendia, me atendia, me servia...
Te garanto que o contrário não está sendo recíproco!
^^
quinta-feira, 15 de março de 2012
na contramão*
Quando a maioria dos meus amigos cantava: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", eu repetia diariamente/incansavelmente: "Não vou ficar, fiz bandeira desses trapos, devorei concreto e asfalto";
Quando a maioria das mulheres que eu conheço queriam casar, eu queria viajar;
Quando todo mundo queria emagrecer, eu queria engordar, e agora que eu quero emagrecer...rsrsrs
De fato eu sempre estive do outro lado, sempre ao contrário, do lado oposto!
Demorei tanto para ingressar numa universidade, e agora, simplesmente não quero mais terminar o curso - como pode existir tamanha dualidade? Embora, tantas vezes eu tenha pensado em desistir da Educação Física, em largar tudo. Eu quis tanto morar em outro estado, ir embora para outro canto do mundo...
Mas hoje... tudo está diferente, apesar dos meus colegas de curso desejarem mais que tudo terminar logo. Eu, como sempre: do lado de lá, na contradição, "na contramão do que está por acontecer vou respirar com paciência"...
Eu não consigo, sequer me imaginar deixando esse espaço, demorei tanto para entrar e agora não quero mais sair. Então passei a devorar livros ao invés de concreto e asfalto, comecei a devorar debates, companhias, ideias, opiniões, imagens, texturas, sons, sabores...
Eu já sinto falta da Biblioteca Jorge Amado, do Ginásio, do Colegiado de Educação Física, do Auditório Administrativo, do (extinto) banquinho, do Auditório Wally Salomão, da sala do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Física, Esportes e Lazer (NEPEEL), das salas 1, 2 e 3 do Ginásio, bem como a sala de dança e a sala de lutas, que ficam no mesmo prédio do Ginásio de Esportes da UESB, da Coordenação de Esportes, das salas do Centro de Aperfeiçoamento Profissional (CAP), das salas do Pavilhão Josélia Navarro, do Laboratório de Memória, da sala do Programa de Assistência Estudantil (PRAE), da Coordenação Setorial de Informática (CSI), da cantina de Bênia e até da cantina do Pavilhão Administrativo, do Departamento de Ciências Humanas e Letras (DCHL), do Núcleo de Ações Inclusivas (NAI), do Departamento de Saúde (DS), do Núcleo de Estudo em Atividade Física (NEAFIS), do Centro Interdisciplinar de Pesquisa Agroambiental (CIPAM), do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Extensão em Cuidados à Saúde da Família (NIEFAM), dos laboratórios de informática e...finalmente, do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Eu sei que é preciso "seguir viagem, tirar os pés do chão, viver à margem, correr na contramão"..
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, já estou sentindo sua falta, mas o Gessinger já disse: "Há um tempo certo para tudo, cedo ou tarde chega o dia". E eu mal posso esperar o dia de retornar! ^^
quinta-feira, 1 de março de 2012
Coisa incrível!
Não tinha motivos para acontecer...
Nem precisou!
Não tem explicação lógica para entender...
Nem adiantou!
Eu apenas contemplava sua inteligência, seus argumentos, sua determinação e
sua devoção pela transformação...
Juro que não sabia aonde essa admiração iria me levar, mas pra quê saber?
"A imaginação é mais importante que o conhecimento" - já diria Albert Einstein.
Me paro lembrando das orações que eu fazia para Deus pedindo alguém que bastasse ser fiel...
Deus foi mais generoso do que eu poderia imaginar: me trouxe um cara que além de tudo é Leal!
Então, nesse momento, eu só quero agradecer tamanha generosidade divina...
E como um filme de comédia, as imagens vão passando em minha mente, e a vontade de rir é proporcional a vontade de chorar, daí ambas se fundem, mas o que acontece na verdade, se reflete apenas nas mãos geladas...
Nem precisa explicar mais nada:
Que coisa incrível é continuar me apaixonando por ele, mesmo depois de 213 dias de namoro! ^^
domingo, 12 de fevereiro de 2012
humanidade avessa
Eu amo os bichos. Pensei em ser veterinárias umas 400 vezes.
Não adiantou, a Licenciatura em Educação Física entrou pelas portas do fundo e se alojou no canto esquerdo do peito.
Mas nada mudou: cada dia de minha vida, em cada aula planejada, em cada aula frequentada, e em cada aula apreciada/indesejada ali está a minha vontade de lidar com animais, aqueles seres tão julgados irracionais que só pretendem sobreviver.
Os seres humanos são tão difíceis de entender...olhe pra mim e o que estou dizendo você vai compreender...
Os bichos não, eles não reclamam nem do frio nem do calor. Não mudam constantemente o humor. Não se preocupam em ter que fazer qualquer coisa para conseguir dinheiro. Enfim, deve ser bem mais tranquilo, seguro e previsível lidar com os animais.
Tenho pensado na humanidade, na sua crueldade, na sua individualdiade, na sua irresponsabilidade. É...tenho pensado muito em mim. Definitivamente eu deveria ter mudado de curso em uma dessas 400 vezes em que desejei ser veterinária...agora já era: seres humanos me esperam, porque precisam ter seus corpos mudados, lapidados, estruturados, modificados, analisados, estudados...e por fim, vacinados contra toda essa hipócrisia que nós próprios criamos.
Então, mais do que nunca eu me imagino um cavalo marinho, fugindo das águas poluídas pelo cloro das piscinas naturais...agora, mais que nunca, eu penso: "A humanidade é o vírus do planeta". Vai tomar teu rumo, cavalo-marinho, segue sua rota...e deixa tudo isso para trás.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
bom senso
Vamos entrar num consenso?
não me diga o que eu penso, nem tampouco o que eu quero, o que eu devo...
não pretendo mudar teu comportamento... só tenho poder de mudar o que escrevo!
Vamos entrar num consenso!
de agora em diante vamos ficar mais distante.
Vou esquecer tudo aquilo que você considerar importante...
Vamos entrar num consenso...
quem sabe em breve nos entenderemos?
quando os anos passarem, os conceitos se transformarem...
Vamos entrar num consenso, vamos entrar naquele terreno, vamos adentrar em nosso pensamento, vamos abrir estes ferimentos, causar mais sofrimento e enfim olhar para trás e perceber que criamos um inferno.
Pensando bem, tô fora desse lance insano.
Somente os loucos decidem entrar em consenso
neste momento, eu só penso em me enterrar num canto...
bem longe do seu bom senso!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
gastrite nervosa
A monografia só começando,
um sonho se concretizando,
aulas re-começando, outras ainda em planejamento...
uma alimentação rica em lipídio,
trabalhos e pesquisas em andamento...
Isso me deixa com muita dor de estômago,
no âmbito do meu ser, em qualquer sentido
rodeando todo meu âmago, totalmente irrestrito...
perpassa o esôfago e chega até o centro do meu ventre reprimido.
Uma dor psicológica, uma dor crônica, uma dor (in)precisa!
invade os livros, as imagens, os sons, o tato...
permeia toda a minha criatura (in)devida,
seguindo minha jornada como um rastro.
A dor de estômago, só está começando:
espere até a monografia terminar...
até o sonho se realizar
até as aulas terminarem
até o planejamento ser cumprido
até a alimentação ficar balanceada
e os trabalhos e pesquisas concluírem...
só então a gastrite nervosa vai me deixar em paz!
será?
enquanto isso a dor de estômago me corroi, me destroi...
e sorri!
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
por amor às causas perdias*
Até então, eu só possuía o superficial conhecimento do Manual de Guerrilha, o qual eu ainda nem havia terminado de ler... Mas, com o Batismo de Sangue foi diferente: em 15 dias eu desconstruí e reassimilei tudo o que sabia (ou pensava que sabia) a respeito da história do Brasil na época da Ditadura Militar.
"A resistência humana tem limites nem sempre conhecidos. Ao encarnar em sua vida os ideais pelos quais lutava, Marighella conseguiu que o limite de sua resistência chegasse à fronteira em que a morte recebe o sacrifício como dom".
Em diversas passagens do livro de Frei Betto, era impossível não lembrar de algumas frases contidas no Manual de Guerrilha: "o guerrilheiro urbano defende uma causa justa, que é a causa do povo". E eu me paro pensando, refletindo sobre minhas próprias causas - perdidas ou não - quase sempre egoístas, pífias e efêmeras. Daí, para tentar aliviar essa sensação de egocentrismo eu explico para mim mesma "aqueles eram outros tempos"... mas aqui dentro, eu sei que essa desculpa não cola. E quando eu terminei de ler o Batismo de sangue, me dei conta de que o Frei Betto talvez pudesse estar correto ao colocar que "É mais fácil ser solidário às causas que às pessoas". Pra mim, há um paradoxo entre o que sinto e sou e o que eu li e aprendi, pois eu sempre defendi o ser humano e a sua humanidade, mas como ser humana diante de tantas atrocidades, tantas injustiças e tanta exploração - que até hoje atormenta o povo brasileiro? tenho total convicção de que há alguma coisa de errado com os meus ideais!
"No teatro, o último ato é o mais importante e o único no qual os espectadores são além da peça, os verdadeiros atores: o momento da saída, quando o reencontro com a realidade lá fora dá-se na visão crítica proporcionada pela arte".
E agora que terminei de ler esse livro que é muito mais que uma obra de arte - é o retrato de uma realidade - e me deparo com diferentes situações, das quais eu simplesmente ignorava. Então, eu me convenço de que é preciso (re)mexer em algumas feridas para que a cicatriz seja definitiva. Foi isso que o livro do Frei Betto provocou em mim, que sou um indivíduo frugal e até já pensou em ser advogada, mas... de quem? a quem eu quero servir? qual é o meu papel? e, novamente, eu me recordo do Manual de Guerrilha: "É melhor cometer erros atuando a não fazer nada por medo de cometer erros".
"Um revolucionário é um ser social, como uma árvore cujas raízes se espalham à sua volta, cravadas no chão da história, e cujos frutos vão muito além de seus galhos e nutrem o esforço de libertação".
Com isso eu me recordo da música e da história de Dom Quixote e me dou conta de que quiçá este personagem realmente apresente as qualidades de um guerrilheiro urbano: "que possa caminhar bastante; que seja resistente à fadiga, fome, chuva e calor;conhecer como se esconder e vigiar, conquistar a arte de ter paciência ilimitada; manter-se calmo e tranquilo nas piores condições e circunstâncias, nunca deixar pistas ou traços". Talvez ele seja chamado de otário por agir assim, mas como diria o Humberto Gessinger na canção: "tudo bem, seja o que for, seja por amor às causas perdidas, por amor às causas perdidas".
Ao final das leituras, das reflexões, das análises, das recordações, das discussões e dos pensamentos e atitudes, eu encerro este texto com uma pequena e marcante frase do Batismo de sangue que justifica toda essa minha inquietude, frustração e angústia:
"Mais importante que viver por uma causa é morrer por ela".
por: Adrielle Lopes
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
busca da felicidade
Em meios aos livros,
Em meio aos meus anseios,
Em meio aos meus medos, meus atormentos...
Eu vou me lembrando de cada palavra abortada,
de cada busca em meio às paredes escuras, procurando o seu olhar...
E eu sinto falta e saudade do que não foi vivido,
de todas as minhas juras (não ditas - malditas).
Em meio a essa canção que penetra todos os meus sentidos - não apenas a minha audição, aí está a vontade de voltar atrás, de tentar recomeçar, de enfim encerrar.
E então eu lembro das montanhas esverdeadas que rodeiam esta cidade, formando um lindo horizonte com o céu num tom mais azul que é até difícil de se acreditar.
A vontade que tenho é de devorar estes livros (pesquisa em saúde, pesquisa social...metodologia da pesquisa) talvez seja uma forma de compensar toda a falta de conhecimento que tenho sobre tudo isso que se passa. Por que não passa? "Se tudo passa, talvez você passe por aqui e me faça esquecer tudo que eu fiz" - tudo que eu não fiz... tudo que eu não quis... tudo que eu ouvi e não vivi.
Em meio a estes textos, a este vazio, a toda esta falta que não sei explicar...
aqui está a lembrança e a saudade se misturando, se fundindo, se multiplicando dentro de mim.
A vontade que tenho é de apagar estas imagens, os sons, e inclusive estas minhas inúteis palavras - só sabem me atormentar!
E em meio a sorrisos e lágrimas inexistentes está um aperto terrível se instalando em mim.
Em meio a todo este nada, está você, motivo de meu desespero, de minha tranquilidade, de tudo aquilo que eu espero - motivo de toda esta dualidade. Esqueci tudo que eu iria falar! e em meio a este esquecimento, em meio a estas palavras reprimidas, em meio a tudo isso está a busca incessante e desnecessária pela felicidade.
Adrielle Lopes.
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